Utentes da Via do Infante esperam que seja desta que Parlamento aprove eliminação de portagens

Pelo menos o Bloco de Esquerda e o PCP vão apresentar propostas para acabar com as portagens na Via do Infante

A eliminação de portagens na Via do Infante (A22) vai voltar a ser proposta, durante a discussão na especialidade do Orçamento de Estado para 2020, por «pelo menos duas forças políticas, o Bloco de Esquerda e o PCP», revelou a Comissão de Utentes da Via do Infante, que espera que seja desta que a taxa seja extinta.

A CUVI apela aos deputados do PS, mas também aos do PSD e CDS-PP, que aprovem as propostas, durante a votação que será feita já na próxima semana, acabando com uma realidade «que não faz qualquer sentido» e que é uma «grave, injusta e trágica medida para o Algarve».

«O PS deve honrar, desta vez, os compromissos assumidos por António Costa em 2015, quando prometeu ao Algarve eliminar as portagens na Via do Infante, reconhecendo que a EN125 se tinha transformado num cemitério. Assim, cabe aos deputados do PS, desta vez, votarem a favor da eliminação das portagens na Via do Infante», defenderam os utentes da Via do Infante.

Caso não o façam, isso significa «que vão continuar a provocar mais prejuízos e sofrimento ao Algarve e às suas populações, e vão continuar a defender uma PPP deveras obscura e ruinosa».

«O PSD e o CDS também têm a oportunidade de se redimirem perante os algarvios, votando os seus deputados a favor da eliminação das portagens na Via do Infante. Caso não o façam, não venham posteriormente com desculpas esfarrapadas que defendem o Algarve. Vai chegar a hora da verdade para a semana que vem na discussão e votação do Orçamento de Estado para 2020», defende a CUVI.

Para a comissão de utentes, passados oito anos da introdução das portagens, «o resultado está à vista de todos: só quem tem beneficiado com as portagens tem sido a concessionária privada, que todos os anos arrecada milhões de euros à custa do erário público».

«Além dos grandes prejuízos provocados a nível económico e na mobilidade, as portagens têm potenciado a sinistralidade rodoviária na região, com muitas vítimas, particularmente na EN125, que ainda não se encontra totalmente requalificada entre Olhão e Vila Real de Santo António e é considerada uma das vias mais mortíferas do país, voltando a ser apelidada de estrada da morte», concluiu a CUVI.

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