Ryanair despede 75 tripulantes apesar de manter base aérea em Faro

A base da Ryanair, em Faro, esteve para fechar

75 tripulantes vão ser despedidos, esta quarta-feira, 8 de Janeiro, da base aérea da Ryanair, em Faro. A denúncia é feita pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC). 

Amanhã termina o contrato destes 75 trabalhadores, vínculo que não será renovado.

«A empresa de trabalho temporário Crewlink, que recruta tripulantes de cabine para a companhia aérea Ryanair, deixará amanhã de trabalhar a partir da Base de Faro, causando o despedimento de tripulantes que trabalham há mais de 10 anos para a empresa», explica o Sindicato.

A base da Ryanair, em Faro, esteve para fechar devido aos prejuízos que a companhia aérea alega ter durante os meses de Outono e Inverno.

A transportadora low cost veio atrás com a decisão, mantendo a base aberta, mas já em Setembro tinha anunciado a intenção de despedir 100 trabalhadores, situação que agora se confirma.

De acordo com o SNPVAC, mesmo os 55 tripulantes de cabine da Ryanair que permanecem «foram coagidos pela companhia aérea a assinar uma adenda ao seu contrato, em que abdicavam de subsídios e retroativos até Novembro de 2018, situação que ainda se verifica e em muitos casos levou a maioria a abdicar de toda a sua carreira».

É que alguns «já trabalham há mais de 10 anos na Base de Faro», segundo o sindicato. «Todos aqueles que não aceitaram estas condições, foram penalizados durante quatro meses com um corte de 80% no seu ordenado, segundo a lei dos contratos intermitentes», acrescenta.

O Sindicato revela ainda que tentou, «sem sucesso, ao longo de todo este processo, reunir-se com a empresa, a fim de solucionar estes e outros problemas que abrangem todos os tripulantes de cabine baseados em Portugal», aguardando também a marcação de uma reunião na DGERT – Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.

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