Cristina Branco e tributo a Chico Buarque abrem “apetite” para o MED

Para a organização do MED, esta iniciativa pretende proporcionar ao público um rol de atividades culturais, tendo a música como principal enfoque

Vão ser oito momentos artísticos que servem de aperitivo para mais uma edição do Festival MED de Loulé. Haverá espetáculos de João Frade, de Cristina Branco e até um tributo a Chico Buarque. O primeiro é já esta quinta-feira, 30 de Janeiro. 

A iniciativa chama-se “Off MED” e integra a programação Cineteatro Louletano.

O primeiro destes momentos tem lugar já esta quinta-feira, 30 de janeiro, às 21h00, no Auditório do Solar da Música Nova, com a apresentação do novo trabalho do virtuoso acordeonista algarvio João Frade, em mais uma rubrica do “Conversas à Quinta”.

No âmbito do Festival de Música Al-Mutamid, que este ano assinala o seu 20º aniversário, irá decorrer no Cineteatro Louletano mais um evento “Off MED”. Wayam Ensemble sobe ao palco no dia 8 de Fevereiro, às 21h30, para apresentar um programa de músicas e danças do Magrebe e Médio Oriente.

É também nesta sala de espetáculos que comemora 90 anos de “inquietação” que, no dia 2 de Março, às 18h30, será apresentada publicamente o projeto Algarve Central – Programação Cultural em Rede, com o envolvimento de 5 autarquias: Loulé, Albufeira, Faro, Olhão e Tavira.

Sob o tema da “Cultura da Sustentabilidade”, estão previstos espetáculos de reconhecido valor internacional, criações de artistas portugueses, o envolvimento das comunidades locais, aprofundando as práticas colaborativas entre os vários concelhos.

O tributo a Chico Buarque “Quem te viu, quem te vê” acontece a 21 de Abril, às 21h30, no Cineteatro Louletano, mais um momento imbuído no espírito do MED.

Trata-se de uma homenagem a um dos ícones da Música Popular Brasileira, interpretada pelos prestigiados artistas Marcus Lima (voz e violão) e Thaís Motta (voz), que apresentam neste concerto, em exclusivo no sul do país, – e nas vésperas da vinda do homenageado a Lisboa, a 25 de Abril, para receber o Prémio Camões -, um repertório dedicado aos grandes clássicos de Buarque.

A 12 de maio, às 21h30, decorre no Cineteatro o espetáculo inaugural da programação em rede Algarve Central: “A presença das formigas”.

Numa formação renovada em trio (Sara Vidal na voz e adufe, André Cardoso na guitarra clássica e Manuel Maio no violino, bandolim e voz), este projeto musical aborda as sonoridades tradicionais e populares com influências do jazz, música erudita e world music, aqui num ambiente intimista e envolvente.

As tradições orais de Loulé estarão em destaque em “A Voz da Terra”, a 23 de Maio, às 17h00, no palco do Cineteatro.

Em mais uma sessão “Dos sabores da cultura”, a Tradição, a Memória e o Património voltam a dar o mote a este encontro de saberes, afetos e sabores, num ambiente informal e intimista. Partindo da antologia de CD de “Património Oral do Concelho de Loulé”, da autoria de Idália Farinho, Maria Aliete Galhoz e Isabel Cardigos, é apresentada uma mostra musical ao vivo, com a participação de vários informantes que estiveram envolvidos nas recolhas realizadas, acompanhada pela degustação de vários sabores locais.

No Auditório do Solar da Música Nova, a 6 de Junho, às 21h30, acontece mais um momento “Off MED”, desta vez integrado no ciclo “Ilustres Desconhecidos”: projeto instrumental a solo Filho da Mãe&Cláudia Guerreiro – o alter-ego de Rui Carvalho, acompanhado pelo desenho digital em tempo real de Cláudia Guerreiro.

Na reta final deste “Off MED”, a 19 de Junho, às 21h30, Cristina Branco irá apresentar o seu último trabalho, “Eva”.

A música atual portuguesa é a base explorada num conceito que foi trabalhado numa residência em Loulé (Auditório do Solar da Música Nova) e em Copenhaga (Dinamarca), no ano transato. Esta artista, de resto, já integrou o cartaz do Festival MED.

Para a organização do MED, esta iniciativa pretende proporcionar ao público um rol de atividades culturais, tendo a música como principal enfoque, e que irá permitir que os espetadores possam experienciar um pouco do que é o Festival MED e vivenciar esse espírito além do lado festivaleiro, numa componente mais intimista.

Por outro lado, o selo MED nestes espetáculos é também uma forma de promover a World Music e a multiculturalidade presente noutras manifestações artísticas como as artes plásticas, o cinema, poesia ou teatro.

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