Artadentro expõe obras de Michael Biberstein no Museu de Faro

Exposição é realizada no âmbito do ciclo de arte contemporânea “Preces para afugentar tempestades, insectos malignos, etc.” da Artadentro e da Appleton

A exposição “Michael Biberstein: pressentir a paisagem. caminho atento para construir chão” vai estar patente a partir de dia 11 de Janeiro e até 23 de Fevereiro no Museu Municipal de Faro.

A mostra do artista Michael Biberstein, com curadoria de David Revés, chega ao museu farense no âmbito do ciclo de arte contemporânea “Preces para afugentar tempestades, insectos malignos, etc.”, uma parceria entre a Artadentro e a Appleton– Associação Cultural.

Pretende-se que esta exposição se constitua «como a proposta de um olhar integrador lançado à obra deste artista suíço-americano intimamente ligado a Portugal, onde viveu mais de três décadas e onde nos deixou prematuramente em 2013».

«No espaço museológico – anteriormente votado ao culto religioso – apresentar-se-ão pinturas, desenhos, esculturas e objectos, organizados de forma não cronológica e circulando de modo não privilegiado entre os diferentes períodos de trabalho do artista: o conceptualismo analítico, fortemente marcado por uma investigação sobre os processos linguísticos e espaciais, ou a produção de génese paisagística pela qual, de resto, Michael Biberstein é amplamente reconhecido», segundo a Artadentro.

«Perspectiva-se a possibilidade de experienciar o projecto artístico de Michael Biberstein como um todo orgânico, fruto de uma mundividência particular que toma a paisagem na sua condição de encontro potencial de uma qualquer radicalidade que subjaz ao indivíduo, ao mundo e à vida. Esse movimento rumo à paisagem, que se pressente em diferentes intensidades em todo o seu trabalho, é também ele o movimento de um outro pressentimento: aquele que construiu um caminho, de demora e atenção, e que definiu o lugar estético, mas sobretudo ético, do artista», acrescentou.

«Esse lugar, que Michael Biberstein procurou desenhar com a sua poética, é agora o ponto de partida para que, na exposição, possamos também desenhar o nosso. Um lugar marcado não só por uma afecção espiritual ou uma fissura ontológica, mas que possa ser, também e por isso, um lugar político. Posição daquele que, ao fazer o seu próprio percurso, sente o chão e olha o horizonte», concluiu estrutura cultural farense.

 

Fotos: Artadentro|Obras de Michael Biberstein

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