Lagos investe 2,5 milhões na requalificação da Estrada da Meia Praia

Empreitada deverá ter início dentro de cinco meses

A Câmara de Lagos vai investir 2,5 milhões de euros na requalificação da Estrada da Meia Praia. A obra foi aprovada pela autarquia, numa sessão ordinária realizada esta quarta-feira, 18 de Dezembro.

Com um prazo de execução máximo de 300 dias, esta empreitada deverá ter início dentro de cinco meses, considerando todas as etapas legais e formais a que um concurso com este valor está sujeito.

«São cerca de 1300 metros a intervencionar, numa via que atualmente não tem passeios, ou quando os tem, não são contínuos, e em que a circulação se faz com alguma dificuldade para os peões. O principal objetivo da intervenção é, por isso, o de criar uma via que possibilite o convívio entre o peão e o veículo, com ganhos em termos de segurança rodoviária», explica a Câmara de Lagos.

Para tal, «será criado um passeio a norte com largura variável, um corredor verde com 2 metros de largura e uma faixa de rodagem com dois sentidos e uma largura de 6,5 metros».

Também está prevista a substituição e o reforço da iluminação ao longo de toda a via, a criação de bolsas para paragem de autocarros (em ambos os sentidos) e a criação de algumas zonas de estar.

As obras criarão «uma estrada calma, onde se circulará com menor velocidade, razão pela qual o pavimento será misto, com aplicação de betuminoso na faixa de rodagem e cubos de granito nas zonas de interseção e passadeiras de peões, de modo a que os veículos circulem com conforto ao longo do percurso, mas sejam obrigados a reduzir a velocidade nas zonas onde existem cruzamentos ou peões a atravessar a via».

O custo da intervenção é praticamente suportado pelo Plano de Urbanização da Meia Praia (PUMP), fruto das taxas e mecanismos de perequação que o mesmo prevê, o que comprova o facto de se tratar de um plano que é sustentável, ao permitir um ganho económico aos privados que, em parte, reverte para a criação ou melhoria das infraestruturas que essa ocupação do território exige.

A zona mais a sul da via não está incluída na intervenção, uma vez que essa faixa está a ser equacionada no âmbito do projeto de valorização do cordão dunar da Meia Praia, atualmente em execução, assim como no projeto de criação da ciclovia.

Na apresentação do projeto foram recordadas as soluções de acessibilidade previstas no PUMP, segundo o qual o principal acesso a esta zona balnear deveria ser através da Variante Sul de Odiáxere, obra cuja concretização pela entidade competente tem sido adiada e sem data de concretização à vista.

Em alternativa, a Câmara equaciona criar um acesso a partir da povoação do Chinicato que permita descongestionar a circulação na estrada da Meia Praia, uma vez que o PUMP apoia-se num conceito que já não privilegia a solução da grande alameda paralela à costa, outrora em voga, mas sim numa solução de acesso designada de “em pente”, com uma via principal situada mais a Norte/interior e os acessos à praia a serem feitos por perpendiculares secundárias.

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