Cristóvão Norte acusa CHUA de dispensar médica do CMRSul

Conselho de Administração do CHUA garante que mantém aintenção de atingir a «lotação máxima» do CMRSul

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) dispensou uma médica especialista Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (CMRSul), apesar de se encontrar «a funcionar a meio-gás», acusou hoje, dia 28, Cristóvão Norte, deputado do PSD eleito pelo Algarve.

Da parte do CHUA, após contacto do Sul Informação, chega a garantia de que o Conselho de Administração (CA) «mantém a sua pretensão de atingir a sua lotação máxima e não tem intenção de encerrar valências».

Cristóvão Norte veio a público denunciar que, na semana passada, os responsáveis pelos hospitais algarvios decidiram «transferir, pelo menos, uma médica especialista – provavelmente a pessoa com maior experiência na unidade -, o que é revelador de que a intenção não é fortalecer o centro, reocupar as camas e atender às necessidades imperiosas de muitos cidadãos, mas sim desguarnecer esta unidade».

Confrontado com esta acusação, o CHUA disse que a presidente do CA «não se irá pronunciar sobre questões de gestão e organização internas diárias».

A mesma entidade diz que trabalha «diariamente no sentido de continuar a garantir a melhor prestação de cuidados de saúde à população».

Cristóvão Norte recordou que, na altura em que o CMRSul foi integrado no CHUA, em 2018, o Governo prometeu «que esta unidade estaria a funcionar em pleno» até final desse ano.

 

 

«Esse compromisso ficou por cumprir já que das 54 camas disponíveis, 18 estão encerradas, registando-se uma significativa lista de espera. O Centro caracteriza-se por prestar, na sua área de influência (distritos de Beja e Faro), cuidados diferenciados de reabilitação a pessoas portadoras de grande limitação funcional, nos regimes de internamento, hospital de dia e ambulatório, com carácter intensivo», disse.

«Dá dó a todos que conhecem ou beneficiaram com o CMRSul que se esteja a desperdiçar cuidados de saúde que salvam vidas, que dão esperança. Estas são patologias que têm uma janela terapêutica muito apertada. Quem tem um avc, por exemplo, não pode esperar meses por tratamento. Saúde adiada, saúde negada», ilustrou o deputado do PSD.

As opções que são a ser tomadas, acrescentou, «podem abrir a porta à total desqualificação do CMRSul, transformando-o num repositório de doentes urgentes dos hospitais do Algarve. Como se mandam embora médicos dizendo que não fazem falta quando a instituição está a trabalhar a meio-gás?».

Os deputados do PSD eleitos pelo Algarve, Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos, vão «confrontar o Governo, em audição futura da Ministra da Saúde, sobre estes factos gravosos e a incapacidade de garantir o funcionamento do CMRSul, bem como outras iniciativas em articulação com o Vereador Bruno Sousa Costa da Câmara de São Brás do Alportel».

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