BE quer saber o que fazem as Câmaras do Algarve para combater a violência doméstica

Perguntas são feitas no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

Crédito: Depositphotos

Os deputados do Bloco de Esquerda João Vasconcelos e Sandra Cunha questionaram as Câmaras algarvias sobre as iniciativas que têm de apoio «a mulheres vítimas de violência doméstica e seus filhos e filhas».

Os parlamentares bloquistas enviaram um requerimento com várias questões aos 16 executivos municipais do Algarve, no âmbito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, que se assinala hoje, dia 25.

«A violência contra as mulheres e crianças, a violência doméstica, constitui uma realidade sobre a qual é premente intervir, sendo para tal fundamental mobilizar todos os agentes. As Câmaras Municipais desempenham, aqui um papel essencial», consideraram.

Desta forma, o Bloco de Esquerda quer «aferir quais as iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas pelas Câmaras Municipais do Algarve para apoio às vítimas de violência doméstica, quais as diligências que estão previstas, designadamente na disponibilização de habitação para vítimas de violência doméstica e seus filhos e filhas, bem como na criação de mais casas abrigo e acolhimentos de emergência».

Segundo o BE, entre 2014 e 2018 registaram-se 141 femicídios, enquanto em 2019 o número de assassinatos de mulheres, vítimas de violência doméstica ou de género, vai já em 29.

A pouco mais de um mês do final do ano, já foram mortas tantas mulheres como em 2015, o segundo ano mais negro entre os cinco cujos dados foram recentemente revelados no relatório da Comissão para a Igualdade de Género (CIG) “Prevenção e combate à violência contra as mulheres e violência doméstica” – pior, só mesmo 2014, em que houve 43 femicídios.

«Segundo o mais recente Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), em 2018 ocorreram 26.483 participações por violência doméstica, sendo que 79% das vítimas são mulheres e 84% dos denunciados são homens. 78% das vítimas têm mais de 25 anos; 94% dos denunciados têm mais de 25 anos», acrescentou o Bloco de Esquerda.

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