Algarve tem a segunda maior taxa de privação material severa do país

Algarve também ocupa o “pódio” no que toca à mais elevada taxa de pobreza

O Algarve é a segunda região do país com mais elevada taxa de privação material severa e a terceira com maior risco de pobreza, apurou o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento feito em 2019 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado esta semana.

No que à privação material diz respeito, o Algarve ocupa a segunda posição, com 8,1%, apenas atrás da Região Autónoma dos Açores (13,1%). Outra região autónoma, a da Madeira, encerra o pódio com 7,3%. Neste indicador, a média nacional é de 5,6%.

Uma família é considerada como tendo privação material quando não tem acesso a três ou mais itens de uma lista de nove parâmetros, que vão desde rendas em atraso à existência de contas em atraso, passando pela posse de um carro e pela alimentação, nomeadamente o acesso a refeições de carne ou peixe (ou equivalente vegetariano) pelo menos de dois em dois dias. Quantos mais itens são acumulados, mais severa é a privação.

A nível nacional há, segundo o INE cerca de 1,5 milhões de pessoas a viver em privação material e perto de 575 mil em privação material severa. Ainda assim, houve uma melhoria face a 2018.

Já em relação ao risco de pobreza, as regiões com situação mais preocupante são as mesmas, mas o Algarve troca de lugar com a Madeira e surge na 3ª posição. Neste caso, as duas regiões autónomas destacam-se pela negativa, com 31,8% (Açores) e 27,8% (Madeira) da população em risco, enquanto o Algarve tem 18,7%, um número bem mais em linha com a média nacional, que se fixa em 17,2%.

Outro indicador avaliado no relatório foi a taxa de pobreza ou exclusão social, no qual o Algarve se destaca, mais uma vez, pela negativa. Açores e Madeira voltam a liderar o ranking, seguidos pelo Algarve e região Norte, empatados no terceiro lugar e com uma taxa não muito mais alta que a do Alentejo.

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