Grupo de voluntariado da UAlg alarga áreas de ação e junta-se a outras universidades

300 dos inscritos no UAlg V+ praticam voluntariado de forma regular

Foto de Arquivo

O grupo de voluntariado da Universidade do Algarve UAlg V+ tem 600 inscritos, já atua em setores como a saúde, a área social e ambiental, mas está a alargar as suas áreas de intervenção. Também, para ganhar escala, juntou-se a outros grupos de voluntariado de instituições, para fundar a Rede de Voluntariado no Ensino Superior.

Cátia Martins, docente e coordenadora do grupo de voluntariado, adiantou ao Sul Informação que o UAlg V+, «à semelhança de outras instituições, tem uma aposta maior na áreas da saúde e sociais, mas estamos agora muito sensíveis ao voluntariado ambiental, até porque, no ano passado, tivemos uma grande catástrofe na nossa região [incêndio em Monchique] e, desde então, temos colaborado, por exemplo, com as ações do Zoomarine de reflorestação da serra».

Neste momento, o grupo está «a alargar a sua atividade a áreas como a preservação do património e a ideia é também apostar a nível desportivo, em concertação com a Associação Académica».

 

Cátia Martins

Cátia Martins realça também que «existe abertura do grupo para implementar projetos e iniciativas dos próprios voluntários. Se queremos mais compromisso, temos de os ouvir e de lhes dar prioridade nestes cenários».

Tudo isto, «mantendo a área social e a saúde, que é onde existe a maior procura, quer da parte de voluntários, quer também de instituições».

Atualmente, o grupo de voluntariado tem, «aproximadamente, 600 inscritos. Há muita aceitação da comunidade para ações pontuais voluntárias, onde temos maior adesão e uma participação mais efetiva. Temos mesmo ações de parceiros que são feitas, quase na íntegra, com voluntários da Universidade do Algarve».

No entanto, quando se fala em voluntariado praticado de forma regular, o número desce, segundo Cátia Martins, e fixa-se em «cerca de 300».

Na cerimónia que formalizou a criação da R-VES (Rede de Voluntariado no Ensino Superior), na passada sexta-feira, 18 de Outubro, que, além da Universidade do Algarve, envolve outras 13 instituições de todo o país, Paulo Águas, reitor da academia algarvia, enalteceu o importante papel do trabalho feito por voluntários, dentro e fora das paredes da universidade.

A assinatura do protocolo coincidiu com o I Simpósio Internacional de Voluntariado no Ensino Superior, que decorreu na Universidade do Algarve.

 

I Simpósio Internacional de Voluntariado no Ensino Superior

«Entendemos que o voluntariado não se dirige apenas para dentro da comunidade académica, uma vez que temos grupos desfavorecidos nas nossas instituições, mas também para fora», destacou Paulo Águas.

O reitor deu ainda o exemplo do Mestrado Integrado em Medicina, que, na análise curricular que faz dos candidatos, premeia aqueles que fazem voluntariado. «Esse fator conta no processo de seleção. É um sinal que a instituição dá. Ao fazer voluntariado, os jovens desenvolvem um conjunto de competências que consideramos que são muito importantes e, este facto, no limite, pode ser decisivo sobre a entrada, ou não, no curso».

A R-VES, explica Cátia Martins, «tem como objetivo articular e estabelecer parcerias entre grupos organizados de voluntariado de instituições de ensino superior. O primeiro aspeto é conhecermo-nos e sabermos os serviços que cada um está a realizar dentro das suas instituições».

Depois, prossegue a responsável, começam a ser «estruturadas linhas de ação e, em vez de nos focarmos nas comunidades regionais, passamos a articular as missões de todas entidades. Assim, podemos perceber como o voluntariado pode ter um contributo importante podemos disseminar essa concertação pelas instituições do país».

«Se existem práticas positivas que têm dado resultado, termos oportunidade de disseminar essas práticas», acrescenta.

No fundo, a união dos vários grupos de voluntariado permite ganhar escala. «existem projetos em que nos podemos envolver que, a solo, não temos grande impacto mas, enquanto rede, sim, mesmo no panorama internacional», conclui Cátia Martins.

 

Os representantes das instituições de ensino superior que integram a R-VES

 

Além da Universidade do Algarve, integram a Rede de Voluntariado no Ensino Superior a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, o Instituto Politécnico de Beja, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto Politécnico de Portalegre, o Instituto Politécnico do Porto, o Instituto Politécnico de Santarém, o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, o Instituto Politécnico de Viseu, a Universidade de Aveiro, a Universidade da Beira Interior, a Universidade Católica Portuguesa, e a Universidade da Madeira.

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