Bienal de Loulé mostra o muito que une Portugal a Marrocos

Algarve pode ser parceiro estratégico de Marrocos

Até fazem parte de continentes diferentes, mas há muito em comum entre Portugal e Marrocos. O país africano é o convidado de honra da Bienal Ibérica de Património, que dura até domingo, 13 de Outubro, em Loulé. O embaixador de Marrocos em Portugal não tem dúvidas da importância de mostrar como estas são duas nações «tão próximas e com tanto para desenvolver, em conjunto». 

Othmane Bahnini esteve presente na inauguração da Bienal, esta sexta-feira, dia 11, na cidade louletana.

No espaço expositivo, há toda uma zona dedicada a Marrocos, onde não falta a música e o artesanato típico. São duas formas de expor a cultura deste país do Magrebe, mas, em toda a Bienal, haverá ainda mais iniciativas, como dois concertos com músicos marroquinos, este sábado, dia 12.

Para o embaixador, a forte presença de Marrocos neste evento «é importante para mostrar aos visitantes como somos países tão próximos».

«Serve como aviso também aos mais novos que desconhecem esta realidade. Nós partilhamos tantas coisas com o Algarve, a nível cultural ou histórico. A ideia é demonstrar como somos países amigos e podemos coexistir, apesar das nossas diferenças linguísticas ou religiosas», reforçou, em declarações ao Sul Informação. 

 

 

Nesta equação, o Algarve, pela sua (ainda maior) proximidade com Marrocos, é visto como um território estratégico.

«Podemos fazer muitas coisas com a vossa região. Já estive no Algarve por várias vezes, fazendo muitos contactos. Há muito para fazer na área da agricultura e das pescas, por exemplo, e já estamos a trabalhar nisso», disse ao nosso jornal.

«É também, para mim, uma honra e um prazer representar o meu país, o Reino de Marrocos, nesta bela localidade algarvia, que pela suavidade do seu clima, pelo calor de seus homens e mulheres, e pela sua natureza, não me deixa esquecer que fazemos parte de um mesmo espaço cultural, humano, não separado pelo mar, mas unido por este Oceano Atlântico», acrescentou.

Para Othmane Bahnini, a Bienal serve, então, para «recordar, uma vez mais, a nossa proximidade e a singularidade de dois países símbolos de abertura, de diálogo, de tolerância e de mistura multicultural».

Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, também não esqueceu a importância da presença marroquina nesta Bienal.

«O embaixador teve um papel decisivo em todo o processo. Que sejam dias de muita partilha, aprendizagem e de construção de pontes para o futuro», conclui o edil.

Todas as atividades da Bienal são gratuitas. O espaço expositivo funciona este sábado, 12 de Outubro (sábado), das 11h00 às 23h00, e, no domingo, dia 13, das 11h00 às 18h00.

Para conhecer o programa completo, clique aqui.

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