Vai nascer a Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade do Algarve

Esta é «uma boa notícia» para a UAlg

Vai nascer a Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas, da Universidade do Algarve (UAlg). A criação desta nova unidade orgânica já foi aprovada por um despacho, assinado esta sexta-feira, 20 de Setembro, por Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. 

A proposta foi levada a votação por Paulo Águas, reitor da UAlg, no último Conselho Geral, tendo sido aprovada por unanimidade. Depois, seguiu para o Ministério, onde também já teve resposta positiva.

A Faculdade será instalada no Edifício de Medicina, construído em 2015. Quanto à criação de uma licenciatura em Medicina, não está em cima da mesa – nem será solução. O que se vai manter é o Mestrado Integrado em Medicina (MIM) que até está a comemorar 10 anos de existência.

Em declarações ao nosso jornal, Paulo Águas disse que esta é «claramente uma boa notícia para a Universidade do Algarve».

A criação desta nova Faculdade estava no plano de candidatura do reitor e, por isso, o responsável vê com bons olhos esta decisão.

«A situação que tínhamos era relativamente atípica e decorreu do facto de o funcionamento do curso de medicina ter sido autorizado já depois de termos aprovado os estatutos em 2009», disse ao Sul Informação. 

É que os seis cursos destas áreas estão, atualmente, sob a alçada do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina (DCBM) e não de uma unidade orgânica.

Agora, «chegou o momento em que, para continuar o projeto e lhe dar maior projeção, se acha que este conjunto de cursos devem ter o mesmo enquadramento que os demais e daí a opção pela criação da Faculdade», explicou.

Isto tudo acontece numa altura em que o Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da UAlg está a comemorar 10 anos – «e de sucessos».

No documento que levou ao Conselho Geral, e a que o Sul Informação teve acesso, Paulo Águas fez precisamente referência a esta data redonda (e aos bons resultados que o MIM tem alcançado), bem como à importância que o Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina (DCBM) já tem na UAlg – «seis ofertas formativas, 151 docentes e quase 450 alunos».

 

Paulo Águas

 

O MIM da UAlg também já contribuiu, no entender do reitor, de forma «muito positiva para a fixação de médicos no Algarve» e para a «melhoria da qualidade dos cuidados de saúde e investigação associada, nomeadamente através da formação de cerca de 250 novos médicos, dos quais cerca de 50% trabalha presentemente na região algarvia».

A esta equação junta-se, ainda, o facto de ter sido criado o Centro Académico Clínico, Algarve Biomedical Center (consórcio entre a Universidade do Algarve e o Centro Hospital Universitário do Algarve), o que evidencia a necessidade da criação da Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas.

O ministro Manuel Heitor também já tinha revelado o seu apoio à criação desta novidade orgânica. Segundo o documento de Paulo Águas, o governante, «consultado sobre este assunto a 17 de Julho, não só expressou o seu apoio, como manifestou desejo de que a atual situação fosse regularizada com a maior brevidade possível».

Agora, segue-se, nos trâmites legais, a formalização da nova Faculdade com a publicação em Diário da República. Depois, os estatutos provisórios serão criados, em sede do Conselho Geral, e tudo culminará com um processo eleitoral para se decidir quem será o diretor da Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas.

Paulo Águas estima que todo este processo ainda durará «alguns meses», mas espera que tudo esteja concluído «ainda antes de 2020».

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