Universidade do Algarve com resultados «positivos» na 2º fase de candidaturas

Número de alunos colocados na 2º fase desceu, em relação ao ano passado, mas porque sobraram menos vagas da 1ª fase

Foto: Pablo Sabater/Sul Informação

A Universidade do Algarve conta com mais 328 novos alunos, após a 2ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, cujos resultados foram hoje divulgados. O número de colocados é menor do que no ano passado, mas, neste caso, isso é algo «positivo», na visão de Paulo Águas, o reitor da UAlg, já que aconteceu porque houve mais alunos colocados e, acima de tudo, que efetivaram a sua inscrição, na 1ª fase do concurso.

«Esta 2º fase tem aqui uma particularidade em relação ao ano anterior. Nós temos menos 4,9% de alunos colocados, em comparação com a mesma fase do anterior ano letivo, mas isso decorre do facto de termos menos 7,5% de vagas do que no ano passado», disse ao Sul Informação Paulo Águas.

«Como tivemos mais colocados e inscritos na 1ª fase, isso fez com que houvesse menos vagas e, consequentemente, menos colocações na 2ª fase. Nós chegámos ao final desta fase com menos 14,8% de vagas do que em 2018/19. No ano passado, tínhamos 223 vagas sobrantes, este ano temos 190», acrescentou o responsável máximo pela universidade algarvia.

A Universidade do Algarve teve, este ano, os melhores resultados desde 2010, na 1ª fase, com a colocação de 1231 alunos, mas 1,7% do que no ano passado.

Agora, na 2ª fase, o número de alunos colocados na UAlg foi de 328, «menos 17 que em 2018/19». No entanto, na sequência da primeira fase, inscreveram-se na UAlg mais 33 alunos do que no ano anterior.  «O número de cursos com vagas totalmente preenchidas também aumentou dos 23 para os 26», avançou.

«Os resultados são, na minha ótica, positivos. Como seria de esperar, não houve novidades profundas, foi um pouco o que estávamos à espera», resumiu Paulo Águas.

 

 

Nesta segunda fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior de 2019/20, o curso da UAlg cujo último colocado teve a nota mais alta foi Património Cultural e Arqueologia (140,8). Já o curso de Gestão de Empresas (Faculdade de Economia) foi aquele que teve mais alunos colocados, na segunda fase: 21, o número total de vagas disponíveis.

No campo oposto, o curso com mais vagas sobrantes, um total de 22, foi Engenharia Alimentar, no qual foi apenas colocado um aluno, nesta fase.

«Há áreas de recrutamento difícil, nomeadamente as engenharias e todas as que combinam a matemática, a física e a química. É certo que estas disciplinas são pedidas em todos os cursos de engenharia, a nível nacional, mas tirando os grandes centros – Lisboa, Porto, Coimbra, Minho e Aveiro – o panorama é relativamente desolador», confessou Paulo Águas, ao Sul Informação.

«Temos também a Agronomia e a Bioengenharia, que é um curso novo, mas também tem matemática, física e química, entre os cursos com maiores dificuldades de recrutamento. Em Gestão, regime noturno, até tivemos mais procura do que o habitual, mas este é um curso que, com os outros contingentes, nomeadamente o Maiores de 23, acaba por ficar bem composto», acrescentou.

A nível nacional, o número de alunos colocados nesta 2ª fase cresceu 1,4% em relação ao ano passado. Ao todo, conseguiram vaga 9274 estudantes, dos quais 4789 no sub-sistema politécnico e 4485 no ensino universitário. Na primeira fase do concurso nacional de acesso já tinham sido colocados 44 500 estudantes, dos quais se matricularam 39566 (88,9%).

«A colocação de estudantes nesta 2ª fase confirma as estimativas de ingresso no ensino superior público, que apontam para cerca de 77 mil novos estudantes em 2019/20, quando consideradas todas as vias de ingresso», segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Na sequência dos resultados da 2ª fase, estão ainda disponíveis 4583 vagas (menos 14% que em 2018), «que podem ser agora disponibilizadas para a 3ª fase do Concurso Nacional de Acesso ou reverter para os concursos especiais e para os concursos de mudança de instituição/curso».

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