Novos médicos contratados podem ajudar a resolver «tempestade perfeita» das urgências de Neonatologia

Para já, CHUA está a conseguir preencher as escalas

Os 18 novos médicos que vão chegar aos hospitais do Algarve podem ajudar a resolver a dificuldade em preencher as escalas no Serviço de Medicina Intensiva e Neonatal do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), uma vez que, entre os colocados, se encontra um especialista em pediatra e também um cirurgião pediatra.

Paulo Morgado, presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, em declarações ao Sul Informação, considera que os novos clínicos «podem ajudar a resolver a questão».

No entanto, o responsável lembra que «a neonatologia é um drama a nível nacional. Apesar de não ser uma especialidade, nem todos os pediatras estão habilitados ou têm experiência suficiente para trabalhar em neonatologia, é preciso haver vocação».

Por isso, «torna-se ainda mais difícil preencher esses postos de trabalho, uma vez que há menos especialistas que têm essa capacidade».

Segundo Paulo Morgado, as dificuldades que o CHUA tem tido em preencher as escalas no mês de Setembro deve-se a uma «tempestade quase perfeita. Duas médicas estão com problemas de saúde graves, uma delas a responsável do serviço. Há também duas situações de problemas oncológicos com familiares de outras duas e há duas maternidades».

Segundo apurou o Sul Informação junto de fonte do CHUA, até ao momento, as escalas têm sido preenchidas e estão também garantidas para o próximo fim de semana, enquanto continuam os esforços para resolver a questão de forma definitiva.

«O serviço tem estado a fazer um esforço inestimável para manter o funcionamento e estamos a tentar, com a ajuda de outras instituições, preencher as escalas, com prestadores de serviços e outros médicos, mas não é fácil encontrar neonatologistas em Portugal», explica Paulo Morgado.

Também Marta Temido, ministra da Saúde, na passada sexta-feira, abordou a falta de médicos no Algarve.

Além de ter admitido a possibilidade de recrutar profissionais no estrangeiro, a ministra disse que está a ser feita a «tentativa de contratação adicional, através de prestação de serviços, e não pomos de parte a hipótese de recorrer à colaboração de entidades privadas». «O que está em primeiro lugar é garantir que os serviços estão disponíveis», concluiu.

Comentários

pub