Sindicato dos Médicos: Grávidas e parturientes no Baixo Alentejo em risco

«Grávidas e parturientes da região de Beja estão, neste momento, sem atendimento urgente» naquele hospital

O Sindicato Independente dos Médicos/Alentejo lamentou hoje, em comunicado, «o encerramento do Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, durante o dia de ontem e de hoje, por falta de médicos da respetiva especialidade».

Segundo o SIM, em resultado desta situação «as grávidas e parturientes da região de Beja estão, neste momento, sem atendimento urgente» naquele hospital.

O Sindicato Independente dos Médicos, que afirma que a situação é «consequência da incapacidade» da Unidade de Saúde Local do Baixo Alentejo (ULSBA) e do Governo para «atrair e fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde», acrescenta ter alertado «diversas vezes, que a contínua desorganização sobre a assistência médica na urgência e emergência Obstétrica» acabaria por levar a «decisões lamentáveis como esta».

«Assistimos à falta de prestações de cuidados de saúdes na urgência desta especialidade que terão obrigatoriamente de ser transferidas para outras unidades hospitalares, colocando em causa a qualidade e segurança dos cuidados prestados», acrescenta o SIM, no seu comunicado.

O Sindicato Independente dos Médicos exige da administração do Hospital José Joaquim Fernandes a «adoção urgente de medidas, incluindo a contratação imediata de médicos especialistas, com reposição do número mínimo necessário para garantir a segurança clínica dos doentes e a prestação de cuidados de qualidade em Ginecologia e Obstetrícia».

O Sindicato alerta também a Ordem dos Médicos «para esta grave situação» e apela ao «especial empenho do Governo para a resolução desta incerteza e indefinição que prejudica profissionais e doentes».

A situação foi comunicada no passado dia 12 pelo próprio Conselho de Administração da ULSBA, que anunciou que, no período «entre as 6 horas do dia 13 de Agosto e as 8h00 do dia 14», «em virtude da falta de médicos da Especialidade de Obstetrícia», não há «atendimento dessa especialidade, ficando apenas assegurada a urgência interna».

Por isso, no comunicado assinado pela vogal executiva Iria Velez, informava-se que as grávidas que, nesse período, recorreram ao serviço de Urgência Obstétrica do Hospital de Beja teriam de ser transferidas.

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