Obra nos jardins de Olhão volta a concurso e fica mais cara

Primeiro concurso, lançado em Fevereiro, ficou deserto

Imagem do projeto de requalificação do jardim Patrão Joaquim Lopes

A obra de renovação dos jardins Pescador Olhanense e Patrão Joaquim Lopes, que ladeiam os Mercados Municipais de Olhão e se situam junto à Ria Formosa, na baixa desta cidade, vai custar mais 700 mil euros do que estava inicialmente previsto.

Depois do primeiro concurso para adjudicação da empreitada, lançado em Fevereiro, ter ficado deserto, a Câmara de Olhão viu-se obrigada a pôr em marcha novo procedimento, cuja publicação deverá acontecer «certamente, ainda em Agosto», bem como a aumentar o valor base da obra de 1,4 milhões para 2,1 milhões euros, revelou ao Sul Informação o presidente da Câmara de Olhão António Pina.

O lançamento do concurso já foi aprovado em Assembleia Municipal. Agora, é esperar pelos desenvolvimentos deste novo procedimento – «um concurso público sabemos quando começa, mas não quando acaba» -, para que se possa adjudicar, finalmente, a obra e lançar a empreitada, algo que «só deverá acontecer em 2020».

 

Projeto para o Jardim Pescador Olhanense

 

Com esta obra, que chegou a estar inserida nos plano da Sociedade Polis Ria Formosa, a Câmara de Olhão pretende revolucionar a zona ribeirinha da cidade. Esta empreitada complementará a renovação que já foi operada na Avenida 5 de Outubro, a dos Mercados Municipais, e prevê grandes alterações nos jardins já existentes.

Os projetos que serão alvo de novo concurso preconizam uma intervenção que privilegia a ligação à Ria Formosa, através, por exemplo, da retirada do murete hoje existente.

Serão, inclusivamente, criadas estruturas no atual passeio ribeirinho que se projetam sobre a ria, duas no lado Poente (Pescador Olhanense) e outra no lado Nascente, como continuidade do monumento ao Patrão Joaquim Lopes, que dá nome ao jardim. Já o posto de combustível, vai desaparecer.

 

Veja neste vídeo como vai ficar a zona ribeirinha de Olhão:

 

Para fazer tudo isto, os 1,4 milhões de euros inicialmente previstos, um milhão dos quais garantido pelo Fundo Ambiental, revelaram-se insuficientes.

«O aumento de 700 mil euros foi apurado no seguimento do feedback das empresas. Na altura em que o concurso ficou deserto, as propostas que nos chegaram foram na ordem dos 2 milhões, 2,1 milhões», revelou ao nosso jornal António Pina.

Tendo em conta que o concurso vai decorrer nos últimos meses de 2019, a obra poderá estar em condições de ser adjudicada antes do próximo Verão. Apesar de ter sempre apontado o mês de Outubro como o ideal para começar intervenções nos jardins – como aconteceu com a 5 de Outubro – António Pina não enjeita que a obra possa começar antes do período estival, garantindo, ainda assim, que o Verão «será acautelado».

«Ainda se verá como será feita a gestão dessa obra», concluiu o presidente da Câmara de Olhão.

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