Greve dos motoristas de matérias perigosas penaliza «de forma vil e injustificada» Turismo no Algarve

RTA está «em contacto permanente» e a acompanhar a situação, garante João Fernandes

A greve dos motoristas de transportes de matérias perigosas e mercadorias penaliza «de forma vil e injustificada» o turismo na região, afirma o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), numa nota que acaba de ser enviada às redações.

João Fernandes considera que é «lamentável» que, «apesar de todos os esforços uma questão entre empregadores e sindicatos na área dos transportes de matérias perigosas e mercadorias» a situação esteja a ter efeitos tão nefastos no principal setor económico da região, em pleno Agosto.

O responsável pela RTA, para quem o cumprimento dos serviços mínimos sempre foi considerado «crítico», garante que este organismo está «em contacto permanente com a Secretaria de Estado do Turismo, mas também com o Ministério do Mar e com a Entidade Nacional para o Setor Energético, reportando as dificuldades sentidas nas diferentes áreas do turismo da região, através de informação recolhida junto do aeroporto e dos representantes das associações de hotelaria, restauração, rent-a-car e marinas, de forma a ultrapassarmos os constrangimentos gerados por esta greve que são, obviamente, alheios à nossa vontade».

Ao terceiro dia de paralisação, João Fernandes salienta o «papel proativo» do Turismo do Algarve logo no momento em que saiu o aviso prévio de greve.

Como já tinha dito ao Sul Informação, o presidente da RTA adianta que «fomos a única entidade regional de turismo que participou nas reuniões interministeriais em Julho para a construção de uma proposta de serviços mínimos, as quais acabaram por acautelar vários aspetos significativos para o turismo no Algarve».

«Assim que tivemos conhecimento do pré-aviso de greve, começámos a definir um plano de ação, em conjunto com entidades regionais e nacionais diretamente relacionadas com o setor do turismo, e partilhámos com o Governo propostas que integraram a declaração de serviços mínimos», esclarece João Fernandes.

Nas propostas entregues pela RTA, constava já a redefinição da Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), face ao consumo de combustíveis na região em agosto de 2018, com base em dados da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC).

Entre o grupo de trabalho que tem vindo a acompanhar este tema, em conjunto com a RTA, estão a Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC), o Aeroporto de Faro, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA), a Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA), a Associação Portuguesa de Portos de Recreio, o Turismo de Portugal e representantes do setor da distribuição alimentar.

«Face ao incumprimento dos serviços mínimos verificado no primeiro dia de greve, solicitámos ao Governo a discriminação positiva para o Algarve, o destino preferencial para as férias de verão de portugueses e estrangeiros. Saudamos o Governo pela rápida definição da necessidade de uma requisição civil que atendesse à realidade particular do Algarve e à necessidade específica de ultrapassar as falhas de abastecimento verificadas», diz ainda João Fernandes.

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