Algarvio Samuel Caldeira cai, mas mantém a Amarela na Volta a Portugal

Esta sexta-feira, disputa-se a etapa mais longa da Volta a Portugal

Foto: Paulo Maria|Podium|Facebook Volta a Portugal

O algarvio Samuel Caldeira caiu, mas manteve a camisola amarela, na primeira etapa da 81ª Volta a Portugal, que ligou Miranda do Corvo e Leiria. O italiano Davide Appollonio (Amore & Vita-Prodir) foi o vencedor da tirada, que teve 174,7 quilómetros e foi disputada ao sprint.

A fase final da etapa foi «eletrizante, marcada por uma queda coletiva, que envolveu, além de Samuel Caldeira, corredores como Joni Brandão (Efapel) ou Domingos Gonçalves (Caja Rural-Seguros RGA)», realça a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).

«Nos homens que sobraram na frente, após o acidente, a luta foi acesa», mas a vitória sorriu a Davide Appollonio, no regresso ao ativo após uma suspensão de quatro anos. Seguiram-se Daniel Mestre (W52-FC Porto) e Matteo Malucelli (Caja Rural-Seguros RGA), todos creditados com 4h47m07s (média de 36,508 km/h).

Antes da discussão ao sprint, a história foi diferente. Logo ao quilómetro 5, David Ribeiro (LA Alumínios-LA Sport), Gaspar Gonçalves (Miranda-Mortágua), Mathias Reutmann (Swiss Racing Academy) e Peio Goikoetxea (Equipo Euskadi) encetaram uma fuga e a diferença chegou a passar os 12 minutos. No entanto, a W52-FC Porto «colocou ordem na corrida, fazendo a desvantagem do pelotão cair para menos de 7 minutos».

Na última montanha do dia, a pouco mais de 70 quilómetros do final, quando era preciso começar a perseguir de forma mais intensa para alcançar os fugitivos, os portistas “levantaram o pé” para aumentar a diferença, «na expetativa que outras equipas assumissem as despesas, na altura em que o trabalho tinha de ser a doer para que fosse possível anular a fuga», conta a FPC.

A Vito-Feirense-PNB «respondeu à chamada e fez o pelotão aproximar-se decisivamente dos aventureiros da jornada».

A ajuda da Caja Rural-Seguros RGA e da Euskadi Basque Country-Murias permitiu colocar ponto final na fuga a pouco mais de dois quilómetros da chegada, altura em que só resistiam na frente Gaspar Gonçalves e Mathias Reutmann.

A partir daí, houve o susto com a queda e final ao sprint. Para as contas da geral, não houve mudanças. Samuel Caldeira mantém-se no topo, com o mesmo tempo do suíço Gian Frieseck (Swiss Racing Academy) e do galego Gustavo César Veloso (W52-FC Porto), segundo e terceiro, respetivamente.

Davide Appollonio passou a comandar a classificação por pontos. O basco Peio Goikoetxea aproveitou a fuga para vestir a camisola dos trepadores e o francês Thibault Guernalec (Team Arkéa-Samsic) permanece como melhor jovem. Por equipas, a líder é a W52-FC Porto.

Vicente de Mateos (Aviludo-Louletano), no 13º lugar, é o ciclista das equipas algarvias mais bem colocado na classificação geral, a 9 segundos do camisola amarela.

A segunda etapa coloca o pelotão, nesta sexta-feira, a cumprir a viagem mais longa da prova, 198,5 quilómetros, entre Marinha Grande e Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures. A chegada coincide com um prémio de montanha de quarta categoria, que reflete uma rampa de 1400 metros, com 8 por cento de inclinação média.

Segundo a Federação Portuguesa de Ciclismo, «a colocação será a chave nesta tirada. Por um lado, para evitar os “cortes” que, inevitavelmente, acontecerão numa chegada em subida acentuada. Mas a colocação e os sentidos bem alerta serão também essenciais durante a viagem, que atravessa a região Oeste, onde o vento pode proporcionar movimentações que segmentem o pelotão».

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