Velella velella e Physalia physalis também dão à costa em praias do Algarve

Em Maio e Junho, já houve menos avistamentos de medusas a dar à costa nas praias portuguesas

Velella velella, em foto captada por André Mantas – Fonte: programa GelAvista

As praias da Amoreira (Aljezur) e de Faro são dois dos locais onde, durante este mês de Julho, já foram avistadas diversas espécies de organismos gelatinosos (medusas ou alforrecas), nomeadamente de Velella velella e Physalia physalis (esta última conhecida por Caravela-Portuguesa), anunciou o programa GelAvista.

Trata-se de um fenómeno de crescimento rápido natural e sazonal das espécies, que ocorre todos os anos, motivado por condições oceanográficas e ambientais favoráveis à sua reprodução.

«O ano de 2019 tem sido caracterizado por um período mais longo e intenso de arrojamento destas espécies, detetadas desde o final de Janeiro», acrescentam os responsáveis daquele programa.

Os dados do GelAvista indicam, porém, que «a abundância destes organismos é já menor do que no final de Maio e início de Junho, mas teremos de aguardar a evolução dos fatores oceanográficos locais para perceber como poderá progredir o transporte destas espécies. É previsível que a abundância diminua gradualmente ao longo do tempo».

 

Para o mês de Julho, os avistamentos da espécie Physalia physalis (Caravela-Portuguesa) recebidos pelo GelAvista deram-se nas seguintes praias:

Lisboa: Praia da Areia Branca (Lourinhã), Praia da Peralta (Lourinhã), Praia de Porto Dinheiro (Lourinhã), Praia de S. Lourenço (Mafra), Praia do Giribeto (Sintra), Praia de Carcavelos

Algarve: Praia da Amoreira (Aljezur), Praia de Faro

Leiria: Praia da Gambôa (Peniche)

Açores: Praia do Varadouro (Faial), Praia das Milícias (São Miguel), Silveira (Terceira), Zona balnear das Cinco Ribeiras (Terceira), Serretinha (Terceira); Cais da Calheta (Santa Cruz da Graciosa)

 

Indivíduos da espécie Velella velella foram avistados em:

Coimbra: Praia da Tocha (Cantanhede), Praia de Mira (Cantanhede)

Lisboa: Praia da Areia Branca (Lourinhã), Praia do Areal (Lourinhã), Praia da Peralta (Lourinhã), Praia de S. Lourenço (Mafra), Praia da Calada (Mafra), Praia da Foz do Lizandro (Ericeira), Praia do Sul (Ericeira), Praia do Algodio (Ericeira), Praia de Ribeira de Ilhas (Ericeira), Praia do Giribeto (Sintra), Praia da Cresmina (Sintra), Praia da Samarra (Sintra), Praia da Princesa (Caparica)

Setúbal: Praia Grande (Tróia).

 

Ainda que ambas as espécies tenham uma cor azulada, o programa GelAvista esclarece as diferenças.

Assim, a Physalia physalis (Caravela-Portuguesa) apresenta um flutuador em forma de “balão” e, em geral, de dimensões maiores do que a Velella.

Os seus tentáculos podem chegar aos 30 metros de comprimento e são muito urticantes, capazes de provocar graves queimaduras. É a espécie que requer maior cautela por parte dos banhistas nas águas Portuguesas.

Quanto à Velella velella, apresenta um flutuador em forma de “vela” triangular achatada. São em geral de pequenas dimensões, com um diâmetro que varia entre 1 a 7 centímetros, e possui tentáculos curtos, ligeiramente urticantes, que, na maioria dos casos, não representam perigo para os banhistas.

 

Recomendações:

Recomenda-se que se evite o contacto com os organismos, relembrando os procedimentos adequados em caso de contacto com a Caravela-Portuguesa:

• Lavar a zona afetada com água do mar, sem esfregar!

• Remover os tentáculos que ainda permaneçam na pele com uma pinça.

• Aplicar vinagre e bandas (ou água) quentes.

• Consultar assistência médica.

 

Physalia physalis (Caravela-Portuguesa), em foto captada por Mark Lavita – Fonte: programa GelAvista

 

Avistamentos de qualquer espécie de organismos gelatinosos poderão ser comunicados ao programa GelAvista através do email [email protected] ou da aplicação GelAvista para sistemas Android.

O seu contributo é muito importante!

 

 

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