Oito projetos imateriais estreiam-se no Orçamento Participativo de Odemira

As propostas serão agora submetidas a análise técnica, para posterior votação durante o mês de Novembro

Oito propostas para investimentos públicos no âmbito do processo de 2019 do Orçamento Participativo (OP) de Odemira referem-se este ano, pela primeira vez, a projetos imateriais, que não são «obra».

No total, a população do concelho de Odemira apresentou 58 propostas, das quais 24 são para o processo promovido pelo município e outras 34 para os promovidos pelas 13 freguesias do concelho.

As propostas serão agora submetidas a análise técnica, para posterior votação durante o mês de Novembro.

«Tínhamos aqui o desafio de perceber como é que a comunidade reagia a esta oportunidade de pensar em ideias e projetos que não fossem obra, e surpreendeu-nos pela positiva, temos oito propostas relativas a projetos imateriais, o que, para primeiro ano é muito bom. São oito propostas imateriais na área da educação, do património natural e do património cultural», explicou Telma Guerreiro, vereadora da Câmara de Odemira responsável pelo OP.

Segundo a autarca, o objetivo foi «trazer inovação e mais gente à discussão» do OP, procurando «as ideias fora da caixa». «Ao longo dos anos, vamos percebendo que as propostas do OP municipal têm sempre as mesmas características, são as melhorias nos jardins, em espaços escolares, espaços verdes», acrescentou.

Outra novidade foi baixar a idade de participação para os 14 anos. «Queremos trabalhar com as escolas e aproveitar que elas também têm o OP escolar, da responsabilidade do Estado, para que os jovens tenham uma participação mais vincada no OP municipal. Tudo isto tem muito a ver com o trabalho que estamos a fazer com a juventude», disse Telma Guerreiro.

A vereadora revelou que uma das propostas dos jovens «tinha sido apresentada na Assembleia Municipal Jovem, mas não foi vencedora no debate entre os alunos», tendo sido agora reapresentada pelos jovens de Sabóia no OP municipal.

Trata-se da «proposta de requalificação de uma escola para acolher atividades de natureza e da comunidade». «Agora têm de fazer-se à vida» e fazer campanha pelo seu projeto, junto dos restantes odemirenses, sublinhou Telma Guerreiro.

 

A análise técnica das propostas apresentadas começou a 1 de Julho e decorrerá até 15 de Outubro, incluindo o período de 10 dias úteis para apresentação de eventuais reclamações pelos interessados.

Durante o mês de Novembro, a votação estará disponível através de SMS, da página www.op.cm-odemira.pt, no Balcão Único, em Odemira e nas sedes das Juntas de Freguesia. Poderão votar todos os cidadãos a partir dos 14 anos de idade.

Ao processo de OP municipal foram apresentadas 24 propostas, das quais 16 são de natureza material e oito imateriais, que se distribuem pelo território odemirense e que incidem sobre projetos culturais, desportivos, educativos e recreativos. As propostas de natureza material têm o valor máximo de 125 mil euros cada e as propostas imateriais de 62,5 mil euros.

O OP municipal tem o valor global de 500 mil euros, dividido em 250 mil euros para projetos promovidos nas freguesias do interior do concelho com menos de 1500 habitantes e os restantes 250 mil euros para projetos promovidos nas freguesias do litoral do concelho ou com mais de 1500 habitantes.

Ao processo de OP das Freguesias foram apresentadas outras 34 propostas, no valor máximo de 10 mil euros por freguesia.

Dinamizado de forma ininterrupta desde 2011, o Orçamento Participativo integra a estratégia do Município de Odemira para potenciar o exercício da cidadania participada, ativa e responsável, com vista à melhoria da qualidade de vida no concelho. Numa lógica “Odemira Concelho 100% OP”, em simultâneo com o OP Municipal, decorrem os processos de OP das Freguesias, para os quais o Município atribui o valor de 10.000 euros para cada uma das 13 Freguesias.

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