A Pediatria do Hospital de Portimão pode ficar sem pediatras durante o fim de semana, o que obrigará à transferência de crianças e bebés para o Hospital de Faro. A situação foi confirmada, esta manhã, por Marta Temido, ministra da Saúde, que visitou a unidade hospitalar.
A governante confirmou aos jornalistas que «temos dificuldades no preenchimento das escalas esta sexta-feira, sábado e domingo. Se se confirmarem essas dificuldades, se ficarmos sem especialista de pediatria no hospital, estão organizados os meios para que os doentes sejam encaminhados para o Hospital de Faro, a partir de hoje, ao final do dia».
No entanto, Marta Temido não dá a situação como certa, uma vez que «ainda estão a ser realizados contactos hoje que podem garantir que isso não é necessário».
A ministra garantiu que o internamento «está a funcionar neste momento» e que não haverá um encerramento dos serviços porque «estamos a falar de um hospital integrado num Centro Hospitalar que tem vários polos e o Hospital de Faro poderá dar apoio, caso seja necessário. O que poderá haver é um encaminhamento de doentes que dêem aqui entrada de novo através da urgência e poderá haver a necessidade de transportar, para Faro, meninos da Neonatologia».
A ministra diz que a prioridade, neste momento é «resolver os problemas nas escalas. Temos a convicção que, a partir do final do mês e até final de Agosto, com o reforço de profissionais vindos de outras zonas do país, estas situações não se voltarão a verificar», concluiu.
O PSD Algarve já veio a público criticar a situação no Hospital de Portimão que constitui «uma desproteção dos bebés e das crianças, a qual, como temos sublinhado, se tornou no novo normal, com episódios sucessivos e intermináveis que deixam de rastos a confiança das famílias no SNS e violam o acesso à saúde».
Os sociais-democratas lembram também a situação da maternidade do Hospital de Portimão, «que não tem escala em 33 dias até ao final do mês de Agosto», e dizem que «perante estes factos, estas necessidades tão prementes e reconhecidas, não pode deixar de ser uma decisão absurda a não abertura de vagas para estas especialidades no Algarve, num concurso que o Governo concebeu para responder às maiores carências que detectou no país».
Na obstetrícia, «foram abertas 12 vagas nenhuma para o Algarve. Na pediatria 5, nenhuma para o Algarve», realçam.
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