Startup Portimão une-se ao ISMAT para criar incubadora de empresas

Nova incubadora deverá nascer no centro de Portimão

Na terça-feira, alunos do Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT) e empreendedores da Startup Portimão juntaram-se, pela primeira vez, na mesma sala, para dar a conhecer os seus projetos. Mas, se tudo correr conforme o planeado, não será, de certeza, a última.

É que as duas entidades envolvidas na realização desta sessão querem aprofundar os laços – e muito. «Temos a expetativa de dar continuidade à colaboração com o ISMAT e de a reforçar, não só através de uma incubadora no centro de Portimão, em instalações pertencentes ao instituto, mas também no desenvolvimento de mais programas em conjunto», segundo Luís Matos Martins, da Territórios Criativos, entidade que dinamiza a Startup Portimão.

Para Luís Martins, «um dos fatores de sucesso de uma incubadora é uma relação próxima com uma Instituição de Ensino Superior». Esta valência deverá ficar instalada «num dos polos do ISMAT, que está desativado», e terá associada «uma escola de formação de executivos».

Para já, foi realizado em conjunto pelo ISMAT, pela Territórios Criativos e pela Câmara portimonense o evento que  marcou o final do bootcamp de aceleração de ideias de negócio da StartUp Portimão. Na iniciativa, realizada na terça-feira no Museu de Portimão, os participantes nesta ação de formação apresentaram os seus projetos.

Na mesma sessão, os finalistas da licenciatura em Gestão de Empresas do ISMAT tiveram, igualmente, oportunidade de fazer o “pitch” das suas ideias de negócio. E acabou por ser uma proposta de alunos do instituto a ganhar a distinção de melhor projeto, por um júri formado por professores e especialistas em empreendedorismo.

 

 

Mas vamos por partes. Afinal, o que é isto do bootcamp de aceleração da Startup de Portimão?

«Neste bootcamp tivemos dois encontros de dois dias, um ontem e hoje [dias 24 e 25] e um primeiro, há cerca de um mês. Durante estes quatro dias presenciais e mais algumas sessões de mentoria virtuais, trabalhámos a metodologia good business model, que consiste em criar um modelo de negócio consciente, que tem de juntar a sustentabilidade financeira a preocupações como o impacto social e o ambiente», explicou Luís Martins

Um dos grandes enfoques desta iniciativa «foram as smart cities, porque as cidades inteligentes são a temática predominante na Startup Portimão».

Entre os participantes do bootcamp estão  algumas empresas que já estão na Startup Portimão. Mas há também empreendedores que estão a dar os primeiros passos, embora já não estejam «na fase da ideia».

Na terça-feira, realizou-se uma sessão de apresentação dos projetos que saíram desta ação de formação intensiva, bem como dos de alunos do ISMAT.

Numa primeira fase, um júri escolheu a melhor ideia entre as apresentadas pelos estudantes e outro júri selecionou duas das apresentadas pelos participantes no bootcamp.

 

 

A final foi, asssim, disputada a três. Frente a frente estiveram os projetos Lusomed, dos alunos do ISMAT Vítor Vicente, Guilherme Teixeira e Chiril Harmoza, “Txirte”, de Filipe Pimenta, e Click2Care, de Luís Silva e Tiago Luís, da empres aTecnologias imaginadas.

No final, foram os finalistas do ISMAT a vencer, com uma proposta em que preconizam a criação de uma plataforma online que agrege os exames médicos de todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde, de modo a facilitar a sua visualização por parte dos médicos, tornando o sistema mais eficaz.

A vitória, bem como o segundo e terceiro lugares, servem, neste caso, apenas «como referência». Mas nem por isso os empreendedores deixaram de tirar partido da experiência do bootcamp.

«Ganharam competências técnicas na área da gestão e a metodologia de trabalho good business model. Outra vantagem é a rede de contactos que é criada, bem como o momento de partilha com outros empreendedores», resume Luís Martins.

Este foi o segundo bootcamp realizado pela Startup Portimão e a ideia é continuar a fazer um por ano.

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