Loulé apresenta «projeto final» para obras de água e esgotos ao longo da EN125

Objetivo da autarquia é lançar o concurso público nos próximos dois meses

A Câmara de Loulé apresenta, esta sexta-feira, 14 de Junho, às 18h30, no Café Cristina, o «projeto final» que poderá levar a que, finalmente, avancem as obras de água canalizada e saneamento básico ao longo da EN125, entre Vale Judeu e a Maritenda. O objetivo é que seja a autarquia a fazer a empreitada, lançando o concurso público «nos próximos dois meses». 

Esta é uma situação que se arrasta há décadas e que nunca conseguiu ser desbloqueada.

À beira da EN125, há casas, lojas e restaurantes que ainda não têm água canalizada e esgotos, facto que já levou, inclusive, a que as pessoas afetadas se manifestassem.

Agora, a solução poderá estar mais próxima. Contudo, ainda não há certezas, apesar de este projeto final já seguir as recomendações da Infraestruturas de Portugal dadas à Câmara de Loulé.

«A intenção do Município é aprová-lo nos próximos tempos e abrir o concurso público para a obra», explicou Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, ao Sul Informação.

 

 

Aquando das obras de requalificação da EN125, em Junho de 2017, a empreitada voltou a ser discutida. Isto porque a intenção era que, também nessa altura, avançassem as obras de água canalizada e saneamento básico, em condutas a ser instaladas ao longo da estrada.

Só que tal não foi possível, com acusações mútuas entre a Câmara de Loulé e a Rotas do Algarve Litoral (RAL), na altura subconcessionária da estrada. Vítor Aleixo chegou a dizer que esta entidade criou «obstáculos e mais obstáculos» à obra.

Já a RAL referiu, então, não ter «qualquer intervenção nesse assunto».

Agora, para tentar finalmente contornar a questão, a autarquia optou por uma nova abordagem.

«A solução que encontrámos passa por afastar as valas da obra da plataforma da estrada, passando atrás das casas. Retirámos o traçado da obra para fora da estrada», explicou Vítor Aleixo.

Assim, evita-se ter de esburacar tudo outra vez, quando, ainda há menos dois anos, houve obras na estrada. Mas para que esta solução avance, deverão ser necessárias expropriações de terrenos.

O projeto que vai ser apresentado à população esta tarde prevê a construção de uma rede de esgotos com 16,4 quilómetros. Já a de abastecimento de água contempla 12 quilómetros. A população a servir é de perto de 1220 pessoas. O investimento é de cerca de cinco milhões de euros.

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