Georg Scheele mostra “O que se mantém, quando tudo se foi?” em Monchique

Mostra está patente nos Paços do Concelho

A exposição de escultura “O que se mantém, quando tudo se foi?”, de Georg Scheele, está patente nos Paços do Concelho de Monchique, até ao dia 14 de Junho, no âmbito das Comemorações do Dia da Vila.

Segundo a Câmara de Monchique, «esta iniciativa foca a premissa de que a arte exposta em local público, neste caso os Paços do Concelho, permite uma aproximação e um contacto com um tipo de público que, à partida, não teria acesso a este tipo de cultura e lazer».

Georg Scheele nasceu, em 1961, na Alemanha, mas escolheu o Algarve, especificamente Monchique para viver e trabalhar, «escolheu o isolamento para desenvolver a sua própria linguagem artística», realça a autarquia.

Foi um encontro com as formas abstratas, através das peças de Henri Moore, expostas numa pedreira de mármore italiana, que lhe deu a inspiração inicial para o seu trabalho.

No seu atelier de Monchique, Georg, «um excelente artífice, começou a experimentar figuras abstratas. Nas suas mãos nasceram formas orgânicas em comunhão com a paisagem que o rodeava», destaca a Câmara Municipal.

Em 1998, teve a sua primeira grande exposição individual, numa das melhores galerias de arte de Portugal, a Galeria Centro Cultural de São Lourenço, «que lhe abriu a porta para uma carreira promissora».

No entanto, conta a Câmara de Monchique, «inúmeros obstáculos dificultaram o caminho do artista: a perda do atelier que ardeu num dos grandes incêndios de 2003, que devastaram a Serra de Monchique, e um grave acidente ocular em 2009 que lhe destruiu o olho esquerdo».

O artista, depois de um ano e várias operações, reencontrou, ainda assim, «a sua força» e, «desde então, faz formas ainda mais virtuosas».

Segundo a autarquia, «o que move Georg Scheele é a questão filosófica de todas as questões: “Quem sou eu?”, que o leva à exploração do seu interior do que está em constante mudança e do que resta quando tudo o que acreditamos ser e no que o mundo consiste desapareceu».

O artista vive e trabalha em Portugal desde 1989, expõe os seus trabalhos na Alemanha, Portugal, Suécia, Escócia, Inglaterra e EUA e as suas peças estão um pouco por todo o mundo, como no Sotheby’s London e também expôs em feiras de arte como a Feira do Século XX de São Francisco, a Feira de Arte Lisboa, ou a Art Madrid.

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