Lusomorango quer soluções de alojamento para os seus trabalhadores estrangeiros

Produtores agrícolas garantem que têm proposto soluções, que esbarraram «em burocracias labirínticas»

A associação de produtores de pequenos frutos Lusomorango, de Odemira, exige que o Estado permita que sejam implantadas soluções para o alojamento dos seus mais de 2200 trabalhadores estrangeiros.

Numa carta que foi enviada a diversas entidades, incluindo o Presidente da República, ao primeiro-ministro, aos grupos parlamentares e a presidentes de Câmara, os 42 produtores agrícolas associados da Lusomorango garantem que já propuseram «soluções de alojamento que, invariavelmente, esbarram em burocracias labirínticas».

«As empresas estão muito mais avançadas na sua disponibilidade para integrar estes trabalhadores migrantes do que as entidades públicas, que não têm resposta, mas também não aceitam as soluções propostas», acusa a direção da associação.

Para os produtores, «Portugal tem a obrigação de tratar melhor estes trabalhadores» e «compete ao poder político contribuir para pôr fim à inação e ao imobilismo do conforto de não-decidir». O objetivo dos produtores é que sejam «criadas condições mais dignas para as suas vidas e para as suas famílias».

A falta de soluções de alojamento para este trabalhadores tem causado problemas no concelho de Odemira, em especial em São Teotónio e na Zambujeira do Mar.

Até porque sem estes trabalhadores, que as empresas recrutaram no estrangeiro face à escassez de mão de obra disponível para trabalhar na agricultura, «os projetos agrícolas estariam condenados ao fracasso».

«São estes trabalhadores que contribuem, no quotidiano, para transformar este setor num campeão das exportações. Dos 205 milhões de euros que o sector dos pequenos frutos exportou em 2018, que já representa 30% do valor da exportação das frutas nacionais (689 milhões de euros), 26% teve a sua origem na Lusomorango». 99% da produção desta associação é destinada aos mercados externos.

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