Albufeira cumpre «sonho» ao receber Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza

Cartaz musical conta com Richie Campbell e António Zambujo

Albufeira vai receber, de 5 a 7 de Julho, pela primeira vez, a Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza, um «sonho» que se tornou realidade. 

O certame vai decorrer na Marina de Albufeira.

Além das habituais exposições ligadas à caça, pesca, turismo, natureza, produtos da terra e máquinas agrícolas, haverá várias demonstrações equestres, mostras de raças autóctones algarvias e exposição de raças exóticas, falcoaria, concursos (mel, ovelha churra algarvia, cães, doçaria), a mesa redonda de Turismo e Citricultura “Exportar cá dentro”, o colóquio “Gestão e sanidade de espécies Cinegéticas, apresentação de livros, o Concurso de Matilhas – 9º Troféu Duarte Rosa, a Final do Campeonato Regional de Sto Huberto, a 1ª Taça “José Maria Seromenho” da Zona de Caça de Albufeira e a 1ª Taça de Obstáculos – Cidade de Albufeira.

O evento conta, ainda, com programação musical: no dia 5 (sexta-feira), às 23h00, sobe ao palco Richie Campbell, no dia 6 (sábado), à mesma hora, os participantes são brindados com a atuação de António Zambujo e no dia 7 (domingo), às 20h00, o encerramento do programa musical fica à responsabilidade do Grupo albufeirense José Praia e Áquaviva.

A apresentação oficial do certame contou com as presenças de José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira, João Amaral, administrador da Albumarina, Vítor Palmilha, presidente da Direção da Federação de Caçadores do Algarve, Fernando Medronho, presidente da Assembleia Geral da Federação de Caçadores do Algarve, Pedro Valadas Monteiro, diretor regional de Agricultura do Algarve, e João Arez, presidente da Associação de Caçadores e Pescadores do concelho de Albufeira.

O evento teve ainda uma particularidade: foi a primeira iniciativa pública em que Joaquim Castelão Rodrigues participou enquanto diretor regional do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas do Algarve, após ter saído da Câmara de Portimão.

O certame, que vai ocupar uma área de exposição coberta com 2100 metros quadrados, necessita de espaço ao ar livre para instalação do picadeiro, boxes e bancadas, mostras equestres, exposição de animais, máquinas e equipamentos agrícolas, tasquinhas, artesanato, entre outras atividades.

José Carlos Rolo revelou que este foi o principal desafio que se colocou para conseguir trazer o evento para Albufeira, tendo confessado que já há algum tempo que havia esta vontade.

 

 

«O José Arez e o Vítor Palmilha foram os grandes responsáveis por conseguirmos realizar este sonho, mas não foi fácil. Felizmente conseguimos chegar a acordo com a Marina de Albufeira e a Feira vai mesmo acontecer», disse.

O autarca sublinhou que este tipo de eventos são uma mais-valia para o concelho e para a própria região, uma vez que atraem muitos visitantes e ajudam a alavancar a economia.

«Além da vertente da caça e da pesca, ligadas ao equilíbrio e preservação das espécies, a feira integra, também, a área dedicada ao turismo e à natureza, o que faz todo o sentido, uma vez que a dinamização do turismo rural e de natureza ajudam a diversificar o produto e são complementares ao turismo de sol e praia», concluiu.

Já o administrador da Marina de Albufeira disse estar muito feliz pelo convite da Câmara Municipal para realizar o evento naquele local, tendo sublinhado que «a experiência dos últimos 22 anos da empresa são uma mais-valia e dão a garantia de que o evento irá chegar a bom porto».

João Amaral realçou a importância do evento, que na sua opinião «deveria ser replicado noutros locais, com vista a atrair e fixar pessoas no interior do Algarve e ajudar a combater os problemas da sazonalidade».

Vitor Palmilha aproveitou para fazer um balanço sobre o percurso do evento ao longo dos últimos 23 anos, dos diferentes locais por onde passou e «pela adequação aos novos tempos, nomeadamente no que se refere à alteração do nome, o que se prende, naturalmente, com novas vertentes e a dinâmica que se pretende imprimir nas áreas do Turismo e da Natureza».

O presidente da Direção da Federação de Caçadores do Algarve fez questão de frisar que a mudança para Albufeira foi consensual, informação corroborada pelo seu colega Fernando Medronho que apontou como principais razões «a centralidade do concelho e as boas acessibilidades».

Além de imensos participantes provenientes da área do barlavento algarvio, a organização conta este ano, também, com a presença de representantes da Galiza, País Basco e Andaluzia.

Por sua vez, o presidente da Associação de Caçadores e Pescadores de Albufeira sublinhou que a associação, que tem 31 anos de existência, tem estado ligada à organização do evento desde o primeiro momento.

João Arez referiu que a coletividade tem um campo de tiro, gere uma zona de caça municipal e tem praticantes nas modalidades da caça e pesca, que ao longo do ano participam em várias provas.

«Somos caçadores e pescadores, mas temos preocupações com o ordenamento do território e estamos conscientes de que estas atividades têm uma enorme importância a nível turístico, social e ambiental», disse.

A sustentabilidade ambiental, a defesa dos produtos endógenos e do mundo rural foram os principais desafios apontados para a região pelos responsáveis da Agricultura e do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas.

Pedro Valadas Monteiro qualificou o certame como “uma mostra de excelência da caça e da pesca, mas também ao nível das atividades agroalimentares e do artesanato, o que é muito importante porque é uma maneira de puxar por outras atividades”, tendo a propósito destacado a Mesa Redonda de Turismo e Citricultura, agendada para o segundo dia do evento.

Joaquim Castelão Rodrigues aproveitou para elogiar a perspicácia da organização ao levar o evento para a Marina: «é uma forma de trazer o interior para junto do mar», sublinhando, igualmente, a «perseverança dos organizadores que ao longo de 23 anos continuam empenhados e a lutar para que o evento seja um sucesso».

A iniciativa conta, também, com os apoios da Região de Turismo do Algarve, Agência de Promoção de Albufeira – APAL e Crédito Agrícola de Albufeira.

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