PSD/Portimão pede «clarificação» ao Governo e à Câmara sobre ferry para o Funchal

Social-democratas querem que Câmara conteste pretensão da ministra Ana Paula Vitorino de mudar rota para Lisboa

O PSD/Portimão assinala, «com regozijo», o regresso da ligação marítima entre a cidade algarvia e o Funchal, «totalmente subsidiada pelo Governo Regional da Madeira», mas exige «clarificação» por parte do Governo de António Costa e da Câmara Municipal portimonense sobre esta questão.

Este fim de semana foi anunciado que a ligação marítima por ferry é retomada a 8 de Julho, com uma viagem semanal até ao final de Setembro. No total, serão 12 viagens – uma por semana – durante os meses de Verão, feitas a bordo do navio Volcan de Tijarafe. Os preços serão os mesmos do ano passado.

Segundo os social-democratas portimonenses, o regresso da ligação marítima entre Portimão e o Funchal irá incutir «dinamismo» na «economia local, no turismo do município e da região algarvia e ainda no comércio e dia-a-dia de Portimão».

A Comissão Política do PSD portimonense acrescenta que o presidente do Governo Regional da Madeira, o também social democrata Miguel Albuquerque, «tem trabalhado no sentido de defender e assegurar a continuidade territorial, consagrada na Constituição, em que cabe ao Estado assegurar este tipo operações».

Para aquele partido, «seria benéfico esta ligação marítima ser efetuada durante todos os meses do ano», o que só poderia acontecer se o Governo nacional subsidiasse «também a operação», criando assim «real fluidez na economia local» e não «apenas sazonal».

No seu comunicado, os social-democratas contestam a posição assumida pela ministra do Mar, que «aparenta validar esta operação marítima como um caminho para garantir o princípio da continuidade territorial», mas afirmou publicamente que «passaria a rota do navio para Lisboa, em vez de Portimão».

Ora, interrogam, «se o Estado [antes] denotou dificuldades em subsidiar uma linha de 21 horas de navegação marítima, sendo a transferência de Portimão para Lisboa um acréscimo de tempo, combustível e tarifário, como poderá o Governo justificar financeiramente o porquê da mudança?»

«Será que o Governo quer, desta forma, assumir perante Portugal que não é favorável a um investimento para o Algarve, em Portimão neste caso específico, mas que, para Lisboa, está disponível, mesmo que custe mais ao erário público?»

Mas o PSD portimonense quer ainda assacar as «responsabilidades locais» e questiona a Câmara Municipal «sobre o que tem feito o executivo socialista para defender os interesses locais e de que forma, onde e como, rejeitaram publicamente a inoperância da ministra Ana Paula Vitorino para com Portimão».

Os social-democratas apelam mesmo ao executivo liderado pela socialista Isilda Gomes para que «assuma publicamente a discordância com o Governo e que coloque a economia, o turismo e os portimonenses à frente da sigla partidária do Partido Socialista».

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