A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou na passada segunda-feira, dia 15, terminou, após acordo entre representantes dos motoristas e dos transportadores, obtido durante esta madrugada.
A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas conseguiram esta madrugada chegar a acordo para acabar com a greve, que já estava a deixar os postos sem combustível e a parar o país.
As negociações entre a ANTRM e o Sindicato vão continuar, para chegar a uma solução. A primeira reunião de negociação será no dia 29 de Abril.
«A greve terminou, não há nenhum obstáculo a que a normalidade seja reposta», disse, esta manhã, em conferência de imprensa, o ministro das Infraestruturas e da Habitação.
«Estão repostas as condições para que a normalidade possa regressar», acrescentou Pedro Nuno Santos. Mas isso será feito a pouco e pouco, de forma «gradual», avisou o governante. «Há um processo de reorganização que levará tempo», reconheceu.
Segundo Gustavo Paulo Duarte, presidente da ANTRAM, até segunda ou terça-feira, a situação deve estar normalizada. Ou seja, a resolução do problema levará ainda «entre dois a cinco dias».
O advogado Pedro Pardal Henriques, representante do Sindicato, garantiu, por seu lado, que «foram 72 horas duras», mas sublinhou o «feito histórico» de se ter chegado a uma solução de forma rápida.
Pardal Henriques disse ainda que o Sindicato tem «consciência» dos problemas causados pelo «exercício do seu direito à greve» e adiantou que só em último caso, se falharem as negociações que agora vão começar, os motoristas ponderarão voltar à greve.
O jornal Público conta que uma primeira reunião entre ANTRAM, Sindicato e Governo terminou cerca das 3h00 da madrugada, sem qualquer acordo. Mas pouco depois terá começado outra reunião, com o ministro Pedro Nuno Santos apenas como mediador, de onde saiu finalmente fumo branco, já pelas 7h00 da manhã.
A greve dos motoristas de matérias perigosas começou à meia-noite de segunda-feira e foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica. Estava a deixar o país à beira de uma crise energética. Aliás, na generalidade do país, os postos de abastecimento estavam já secos, em especial no que diz respeito ao gasóleo.
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