PJ quer ficar com antiga Escola Superior de Saúde

Associação Sindical da PJ critica intenção do Governo de transformar antiga Escola Superior de Saúde de Faro numa residência para estudantes, ao invés de a ceder a esta força de segurança

A diretoria do Sul da Polícia Judiciária está a aguardar «com expectativa a decisão final sobre o edifício da antiga Escola Superior de Saúde em Faro». Quem o garante é a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (ASFIC-PJ) que veio a público lamentar que este complexo, recentemente desativado, não seja entregue a esta força de segurança.

«Conhecendo as condições exíguas e degradadas daquela que tem sido a casa da diretoria do Sul da PJ, no centro histórico de Faro, era com expectativa que aguardávamos o destino do referido edifício. Tal como já tinha sido por nós sugerido a quem de direito, o edifício reúne todas as condições para albergar os meios e serviços desta diretoria», refere a ASFIC-PJ.

A associação sindical acusa o Governo de não dar resposta «às mais urgentes necessidades desta instituição» e de levar a cabo «uma gestão que se pode considerar incompreensível dos recursos do Estado», ao entregar «para requalificação e construção de residências de estudantes o devoluto edifício da antiga Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve».

«A gravidade desta situação aumenta quando se verifica que o edifício em causa apresenta as condições necessárias para a PJ, sem a necessidade de acrescentar custos ao orçamento. A decisão do Governo, porém, ainda que não definitiva, foi gastar mais dinheiro, quando existem na cidade outras alternativas para a construção das residências de estudantes», dizem os representantes dos Funcionários de Investigação Criminal.

A ASFIC-PJ avisou que a Polícia Judiciária poderá ser a próxima entidade a fazer as malas e procurar casa noutro concelho do Algarve, «tal como ocorreu com a Proteção Civil, com a GNR e com o SIS, que se viram compelidas a deixar o município de Faro (PSD), tendo encontrado solução em Loulé (PS)».

«A diretoria do Sul da PJ não pode ficar mais um ano sequer no centro histórico de Faro, limitada operacionalmente e sem possibilidades de expansão», concluem os sindicalistas.

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