O Porto de Pesca de Quarteira vai ter uma Estação Salva Vidas e a costa do Algarve vai ficar «mais segura». O novo equipamento, que vem colmatar uma «carência que existia», deve estar em funcionamento no Verão de 2020, segundo adiantou Nuno Cortes Lopes, comandante da Zona Marítima do Sul, ao Sul Informação.
Além da Estação Salva Vidas, será ainda instalado, também no porto de pesca, um posto da Polícia Marítima, no ex-edifício do IPTM.
Os espaços necessários para a instalação destes equipamentos foram cedidos pela Docapesca, a obra é da responsabilidade da Autoridade Marítima, mas será a Câmara Municipal de Loulé a avançar com os 725 mil euros necessários para a sua concretização.
Este acordo tripartido ficou ficou protocolado, no passado sábado, numa cerimónia que contou com a presença de Ana Paula Vitorino, ministra do Mar.
Cortes Lopes disse ao Sul Informação que «a principal prioridade é a Estação Salva Vidas». O comandante explica que, «se olharmos para este equipamento, temos na costa uma estação em Olhão e uma em Portimão. Havia carência num espaço de 30 milhas e a obra nunca tinha avançado por incapacidade financeira. Agora, com o apoio da Câmara de Loulé, foi possível e contamos ter a estação já a partir de Junho do próximo ano», com três tripulantes e um barco semirrígido.
O responsável considerou também que este investimento «vai melhorar muito a segurança no porto de pesca de Quarteira, que é muito utilizado». Beneficia também as Marinas de Vilamoura e de Albufeira. Toda esta zona é muito frequentada, principalmente no Verão».
Já o novo posto da Polícia Marítima «vai permitir uma maior presença num local que tem uma utilização muito intensa, bem como reforçar a proteção e a fiscalização. Esta era uma ambição antiga. Há 15 anos, saíram os últimos homens em permanência que tínhamos em Quarteira e ficaram em Faro. De Faro a Quarteira, é sempre meia hora de caminho e cada minuto conta quando estamos a falar de salvar vidas».
Segundo o Comandante Cortes Lopes, a maior fatia do investimento da Câmara de Loulé será para criar alojamento para «as pessoas colocadas. A Docapesca cedeu as infraestruturas da antiga casa dos faroleiros [no centro da cidade], que será reconvertida. Serão construídos cinco apartamentos».
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