Há 2,5 milhões para apoiar projetos sociais inovadores no Algarve

Novas candidaturas já começaram

Há 2,5 milhões de euros disponíveis para apoiar projetos sociais inovadores, a serem implementados no Algarve. As candidaturas já abriram e vão durar até 29 de Abril. 

Este é o segundo período de apresentação de candidaturas no contexto da iniciativa “Portugal Inovação Social”. O objetivo passa, então, por financiar projetos que respondam, de forma inovadora, aos problemas e desafios sociais do Algarve.

Todas as ideias passíveis de complementar a resposta já existente aos flagelos que promovem desigualdades e exclusão social, através de uma abordagem inovadora aos problemas, são bem-vindas.

O novo Auditório do Solar da Música Nova, em Loulé, foi palco, na passada terça-feira, 26 de Fevereiro, do lançamento deste novo prazo de candidaturas.

A sessão contou com as presenças de Filipe Almeida, presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, e Francisco Serra, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.

Para este segundo período de candidaturas – o primeiro alocou 1,4 milhões de euros a nove projetos algarvios – Filipe Almeida conta ainda com «uma maior participação» algarvia.

«As pessoas já conhecem o projeto, é mais dinheiro e temos mais investidores e Câmaras municipais sensibilizadas», explicou ao Sul Informação. 

Na opinião do responsável, «o Algarve tem sido um bom exemplo» nestas questões da inovação. «Tivemos nove projetos aprovados, todos muito criativos, interessantes e com capacidade de expansão», considerou.

Alguns são, por exemplo, um café móvel que se desloca ao interior da serra algarvia para combater o isolamento e a solidão da população sénior e potenciais demências daí resultantes ou uma aplicação que promove a participação cívica dos alunos de Lagoa.

Este é um programa que, apostando na inovação, é, ele mesmo, inovador. «É o primeiro que reservou parte dos fundos comunitários para apoiar a inovação social. Estes instrumentos que temos são únicos no mundo», disse Filipe Almeida ao nosso jornal.

Para Francisco Serra, este projeto é importante porque «só com a participação da sociedade se conseguem melhorar as condições de conforto e reforçar a alma daqueles que sofrem».

«Nas responsabilidades que tenho, enquanto presidente da CCDR, devo trabalhar para que estas condições materiais e de conforto possam ser melhoradas e para que, cada uma das pessoas que têm necessidades, se sintam mais acompanhadas», acrescentou.

Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, considerou, pro sua vez, que se torna urgente «encontrar novas respostas para velhos problemas». «As respostas convencionais estão consolidadas, mas a vida é dinâmica, coloca novos desafios e é preciso inovar», disse.

As candidaturas terminam a 29 de Abril, devendo ser feitas até às 18h00 no Balcão 2020. O financiamento é de 70% pelo programa Portugal Inovação Social e 30% por entidades públicas ou privadas.

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