Greve dos funcionários das escolas com «adesão muito boa» no Algarve

Sindicato diz que a adesão aumentou, esta sexta-feira

Foto: Pablo Sabater|Sul Informação – Imagem de Arquivo

Muitas escolas fechadas ou sem atividade letiva e outras que foram obrigadas a fechar da parte da tarde, por não haver pessoal no refeitório. A greve dos trabalhadores não docentes das escolas, que começou ontem e continua hoje, sexta-feira, está «a ter uma adesão muito boa dos trabalhadores», no Algarve, garantiu Rosa Franco, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e das Regiões Autónomas.

«Ontem houve muitas escolas encerradas, ou a trabalhar de manhã. Hoje, a adesão está a ser ainda maior», assegurou a sindicalista ao Sul Informação.

«Em Albufeira, as escolas estão todas encerradas e em Lagoa só abriu uma. Em Portimão, também fecharam a maioria das escolas», enumerou Rosa Franco.

De resto, há escolas fechadas «em quase todos os concelhos do Algarve» e, das que abriram, «algumas poderão fechar à tarde». As escolas Neves Júnior e de Estoi (Faro), EB2,3 de Quarteira e Secundária Laura Ayres (Quarteira) e João da Rosa (Olhão) são alguns dos estabelecimentos que o nosso jornal sabe que estão encerrados. Também «houve muitas escolas de 1º ciclo e do pré-escolar que não funcionaram».

Na Escola Secundária Pinheiro e Rosa, a greve levou ao encerramento do bar, mas o estabelecimento está a funcionar. Um aluno desta escola disse ao Sul Informação que há muitos alunos que, por não poderem sair da escola, «vão passar a manhã toda com fome».

«Os trabalhadores não docentes das escolas aderiram em força a esta greve, através da qual querem fazer passar as suas justas reivindicações», considerou Rosa Palma.

Esta paralisação de dois dias é, desde logo, um protesto contra a «gritante falta de funcionários nas escolas», que leva a que estes trabalhadores «estejam na exaustão». Rosa Franco garante que o sindicato «já questionou o Governo sobre esta matéria antes do início do ano letivo, mas não obteve resposta».

Por outro lado, há a questão dos salários, que são «baixos» e «não aumentam há 10 anos». Este é um problema transversal a toda a Função Pública, mas que, segundo a sindicalista algarvia, é particularmente sentida pelos funcionários não docentes das escolas, que em muitos casos, têm ordenados «muito baixos».

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