BIC suspende execuções contra trabalhadores da ex Alicoop até esclarecer situação

Reunião com representantes dos trabalhadores decorreu pouco antes da manifestação em Lisboa

Foto: CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal

O banco BIC anunciou que decidiu suspender de imediato as execuções em curso contra os antigos trabalhadores da ex Alicoop e suspender quaisquer futuros processos, durante 90 dias, para esclarecer a situação.

Segundo o jornal Terra Ruiva, esta decisão foi comunicada poucas horas antes do protesto que, no dia 26, levou a Lisboa perto de uma centena de antigos trabalhadores do grupo, depois de uma reunião na sede do EuroBIC em Lisboa, com responsáveis pelo banco e os representantes dos trabalhadores, Paulo Martins, Luís Alves e Sérgio Catarino.

No documento divulgado após esta reunião, afirma-se que foi alcançado um «compromisso» com o Euro BIC, no sentido de «suspender de imediato as penhoras em curso», «cancelar imediatamente as ações executivas a decorrer» e «parar novas ações».

Foi ainda decidido que será promovida «a entrada de uma ação declarativa junto do tribunal» para «clarificar definitivamente a titularidade do crédito».

Caso essa ação seja favorável aos ex-trabalhadores, «o banco compromete-se a devolver na íntegra os valores» que entretanto já foram pagos por alguns dos trabalhadores.

Para dia 8 de Março, está agendada uma «nova reunião de acompanhamento à boa execução dos pressupostos assumidos pelo banco BIC».

O jornal Terra Ruiva, de São Bartolomeu de Messines, acrescenta que cerca de 100 ex-trabalhadores da Alicoop/Alisuper manifestaram-se no dia 26 em Lisboa, para protestar «contra cobranças indevidas relacionadas com o processo de insolvência da empresa».

Os manifestantes partiram de Lagos, Portimão, Silves e São Bartolomeu de Messines, em autocarros cedidos pelas Câmaras Municipais de Lagos e de Silves, tendo-se dirigido às sedes dos bancos BIC e Banco de Portugal.

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