Nem robe e chinelos faltam na Loulé Coreto Guesthouse

Este foi o primeiro hostel a abrir na cidade de Loulé, há cinco anos

Foto: Hugo Rodrigues|Sul Informação

A aventura começou há cinco anos e, apesar de nem sempre ter sido fácil, está a valer bem a pena, acredita Mafalda Franco, a proprietária do Loulé Coreto Hostel e Guesthouse. A unidade de alojamento celebrou esta semana o seu 5º aniversário e aproveitou a ocasião para inaugurar oficialmente uma guesthouse repleta de tradições locais e mimos próprios de hotéis de luxo.

Situado na Avenida Costa Mealha, mesmo junto ao coreto – como o nome indicia -, este hostel e, agora, também guesthouse, foi o primeiro de Loulé.

Desde que abriu, tem vindo a afirmar-se não só entre os que visitam a cidade, mas também junto da comunidade local, com quem interagiu desde sempre. Foram, aliás, muitos os amigos que estiveram esta quinta-feira no Coreto Hostel para cantar os parabéns ao espaço, alguns dos quais ganhos ao longo destes últimos cinco anos.

«O balanço que faço é positivo. É claro que não foi fácil. Não conheço a realidade dos outros países, mas Portugal é um bocado complicado ao nível das burocracias e das leis, bem como financeiramente, no que toca aos impostos, para as empresas pequenas e que estão no início da atividade», disse ao Sul Informação Mafalda Franco.

Por outro lado, diz a empresária, há o velho problema da sazonalidade. «O Algarve tem muito para oferecer, mas o Inverno continua a ser um grande problema, embora as coisas estejam um bocado melhores. Nós, aqui em Loulé, temos a sorte de ter muitos eventos e isso ajuda-nos», enquadrou.

 

«Foi por isso que lançámos a guesthouse, pois percebemos que temos clientes que procuram mais conforto, um quarto com casa de banho privada. Queremos ir buscar esse cliente, principalmente o ligado ao mundo das empresas, que vem muito durante o Inverno», acrescentou Mafalda Franco

E se a filosofia da jovem empresária algarvia Mafalda Franco foi, desde o início, oferecer um serviço com qualidade acima do normal, esta caraterística acentuou-se na nova valência de guesthouse, que se situa no mesmo edifício do hostel.

A Loulé Coreto Guesthouse conta com sete quartos, cinco dos quais em suite – quarto com casa de banho privada – e dois que partilham uma casa de banho. «É um espaço que tem outro tipo de conforto e de mimos, que a maior parte das vezes só se encontram em unidades de 5 estrelas, como é o caso do robe e do chinelo».

«Tentamos dar um conforto extra, num espaço que é acolhedor e familiar. Daí o nosso pequeno almoço, que aposta nos produtos regionais. Fazemos questão de divulgar o que é nosso, o que é da terra. Também temos um serviço de quentes ao momento, muito personalizado e com mais qualidade, claro», explicou Mafalda Franco.

 

Esta nova valência surge após o «investimento brutal» feito há cerca de um ano. «Pusemos ar condicionado, que era algo que não tínhamos. Sendo esta uma casa antiga, percebemos que, de Inverno, se tornava muito fria. Também apostámos num maior cuidado ao nível estético e investimos nos colchões, que são muito bons. Há muitos clientes que frisam isso, porque, como viajam por todo o mundo, não estarão habituados a hostels com tanta qualidade».

«O nosso objetivo é tentar dar o máximo possível, a um preço mais simpático», resume Mafalda Franco.

Na Guesthouse agora oficialmente inaugurada, o cuidado ao nível estético e da decoração foi ainda mais profundo.

«Aqui, tentamos transmitir a cultura e a tradição louletana. Daí, procurei parceiros locais, mais precisamente duas artesãs, e, em conjunto, tentámos encontrar um produto que transmitisse conforto, simplicidade e elegância», explicou.

 

O trabalho que tem vindo a ser feito pelo Loulé Coreto Hostel e Guesthouse foi importante para criar um mercado que antes não existia em Loulé.

«Fomos os primeiros e, hoje em dia, penso que somos os únicos, porque os outros hostels que foram abrindo, infelizmente, acabaram por fechar. Digo infelizmente porque não tenho receio da concorrência. Antes pelo contrário: se formos mais, também conseguimos promover mais o destino e trazer mais pessoas», referiu Mafalda Franco.

Mafalda Franco acredita que esta incapacidade que outros empresários tiveram em se afirmar está muito ligada às caraterísticas da cidade. «Loulé, para o mercado hostel, é difícil de trabalhar. No Verão, as camas vendem-se muito bem e a ocupação, felizmente, anda sempre perto dos 100%. No Inverno, não é tão fácil».

E porquê? «Porque Loulé é um destino mais procurado por pessoas com uma faixa etária mais avançada – apesar de muitos também reservarem camas. Mas há aqueles que procuram a tranquilidade, as caminhadas», que buscam uma oferta diferente.

Para estes últimos, há que ter uma oferta mais diferenciada. Com a abertura da sua guesthouse, o Loulé Coreto entra, definitivamente, neste jogo.

«Venham conhecer e experimentar, até porque o nosso pequeno-almoço é delicioso (risos)», desafiou Mafalda Franco.

 

Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação

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