Medos de infância inspiram espetáculo no Cine-Teatro Louletano

O processo criativo de “Nocturno” incluiu visitas a escolas para falar com crianças sobre medos

Os medos da infância, nomeadamente aqueles que surgem de noite, vão ser abordados no espetáculo “Nocturno”, que vai subir ao palco do Cine-Teatro Louletano hoje e amanhã, em quatro sessões dirigidas a alunos do 1º ciclo das escolas de Loulé.

Em palco, estarão a pianista Joana Gama, o coreógrafo Victor Hugo Pontes e o bailarino e ator João Santiago, que, através da música e da dança, vão «dar corpo a alguns dos medos da infância, tendo como referência o escuro e a noite, com sugestão de ambientes que remetem para a cidade e para o campo», segundo a Câmara de Loulé.

«Na imaginação das crianças, a noite é talvez o primeiro dos grandes mistérios. As sombras, o escuro, o silêncio, os barulhos da rua e os movimentos na casa propiciam pensamentos fantasiosos, muitos medos, algum fascínio. Alicerçado num trabalho com escolas em diversas fases da criação, “Nocturno” inspira-se em muitas noites possíveis – na aldeia e na cidade, ao relento ou em abrigos improváveis. Diferentes sons e experiências, com ou sem estrelas, mas sempre sob o mesmo céu escuro», descreve a autarquia.

Neste espetáculo, que tem música original de João Godinho, são convocados «aranhas, trovoadas, sombras, roupa ou brinquedos que ganham vida, sons e silêncios que se ampliam», são convocados para este espetáculo, debaixo de um gigante lençol estrelado e com música original de João Godinho.

Direcionado para crianças a partir dos seis anos, o espetáculo muitas vezes sugere mais do que aquilo que mostra, estimulando a curiosidade do espetador. O processo criativo dos autores para este espetáculo incluiu visitas a escolas para falar com crianças sobre medos.

«Fomos às escolas falar com os especialistas dos medos, pedimos para nos revelarem quais eram os seus medos e receios sobre o que acontecia durante a noite. Algumas das imagens que aparecem no espetáculo aparecem porque são referências que nos foram dando», explicou o coreógrafo Victor Hugo Pontes.

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