Lagos evoca Sismo de 28 de Fevereiro de 1969 para aumentar «consciência coletiva»

Foi o último sismo a provocar danos importantes e vítimas em Portugal continental

Na próxima quinta-feira, dia 28 de Fevereiro, completam-se cinquenta anos sobre a ocorrência do sismo que, no século passado, a seguir ao sismo de Benavente de 1909, causou danos mais importantes no território continental.

Para que a «consciência coletiva sobre o risco sísmico» não se dilua com o tempo, a Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES), a Associação Portuguesa de Meteorologia e Geofísica (APMG) e a Câmara Municipal de Lagos decidiram promover, no dia 28, na cidade algarvia, uma sessão evocativa do sismo.

O sismo de 28 de Fevereiro de 1969 teve epicentro na zona do banco de Goringe (a sudoeste do cabo de S. Vicente), uma magnitude estimada em 7.9, uma intensidade máxima entre 7 e 8 e sentiu-se em todo o país, com maiores danos no Barlavento algarvio, causando um número não determinado de mortos (referências apontam para treze mortes, embora apenas duas devido aos efeitos diretos do sismo).

Foi o último sismo a provocar danos importantes e vítimas em Portugal continental, causando o pânico entre a população, o colapso de algumas estruturas, cortes nas redes elétrica e telefónica.

Ficou, portanto, gravado na memória de todos os que o sentiram, «embora a consciência coletiva sobre o risco sísmico se dilua com o tempo, pelo que o assinalar desta efeméride é importante para recuperar essa perceção», salienta a Câmara de Lagos.

A sessão evocativa, que terá lugar no auditório do edifício dos Paços do Concelho Século XXI, em Lagos, visa a «sensibilização da população e a chamada de atenção para o risco sísmico em Portugal, envolvendo quem tem responsabilidades no estudo, definição e implementação de medidas que garantam a minimização deste risco».

 

Programa

Abertura dos trabalhos
Maria Joaquina Matos, Presidente da Câmara Municipal de Lagos

Contribuição da Geofísica para a minimização do risco sísmico
Olavo Rasquinho (em representação da Associação Portuguesa de Meteorologia e Geofísica)

Contribuição da Engenharia para a minimização do risco sísmico
João Azevedo (Presidente da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica)

A perigosidade sísmica em Portugal
Miguel Miranda (Presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera)

A vulnerabilidade sísmica em Portugal
Carlos Sousa Oliveira (Instituto Superior Técnico)

O sismo de 28 de fevereiro de 1969 à luz da imprensa nacional e regional: o caso particular do Algarve
António Carrilho (Técnico Superior da Câmara Municipal de Lagos)

A intervenção local na minimização do risco sísmico – o exemplo de Lagos
Frederico Mendes Paula (Técnico Superior da Câmara Municipal de Lagos)

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