Francisco Amaral deixa Câmara de Castro Marim «no dia 21» e força eleições

O presidente da Câmara de Castro Marim acredita que há condições para que as eleições antecipadas aconteçam «no início de Maio»

O executivo camarário PSD de Castro Marim, liderado por Francisco Amaral, vai apresentar a sua renúncia no dia 21 de Fevereiro, revelou ao Sul Informação o edil castro-marinense.

A partir daí, a Câmara «entrará em gestão» e assim continuará até à realização de novas eleições, algo que Francisco Amaral acredita que deverá «acontecer no início de Maio».

Em Janeiro, o  presidente da Câmara de Castro Marim já tinha anunciado que ele e os demais eleitos nas listas do PSD se iriam demitir, por considerarem que a situação política no concelho se tornara «insustentável», forçando eleições antecipadas.

«Não encontro qualquer alternativa a não ser as eleições antecipadas. As Reuniões de Câmara, que são semanais, tornaram-se um massacre e a população de Castro Marim não está a beneficiar nada, antes pelo contrário. As obras estão atrasadas, algumas foram mesmo inviabilizadas. A Unidade Móvel de Saúde parou seis meses. Isto está insustentável!», disse, na altura, Francisco Amaral, em declarações ao Sul Informação.

Para o edil castro-marinense, a «única solução é dar a voz ao povo».

A decisão de quando o povo será chamado a votar, novamente, caberá ao secretário de Estado das Autarquias Locais, que tem «a responsabilidade de marcar novas eleições».

Entretanto, surgiram dúvidas sobre qual seria o procedimento no caso de renúncia de um executivo minoritário, como acontece com o de Francisco Amaral – em Castro Marim, o PSD está em minoria tanto na Câmara, como na Assembleia Municipal -, mas o ainda edil castro-marinense garantiu que «já foram todas esclarecidas».

«Haverá, mesmo, eleições», garantiu.

«Até lá, fica tudo parado, a Câmara e a Assembleia municipal. Fica tudo em banho-maria», acrescentou Francisco Amaral.

Nas eleições de 2017, Francisco Amaral foi reeleito presidente da Câmara de Castro Marim, mas perdeu a maioria de que gozou no mandato anterior. O PSD ganhou as eleições, mas  só conseguiu eleger dois elementos – o presidente Francisco Amaral e a vice-presidente Filomena Sintra.

O PS elegeu outros tantos vereadores e o quinto lugar no executivo foi garantido por José Estevens, antigo presidente da Câmara pelos social-democratas, que desta vez se propôs a eleições apoiado pelo movimento Castro Marim Primeiro, que contava com outros elementos que se desvincularam do PSD.

Uma conjuntura que se revelou muito difícil de gerir, logo desde o início do mandato, com o executivo PSD a ver a oposição a inviabilizar muitas das medidas que propunha.

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