Curso de Medicina já tem a sua própria casa na Universidade do Algarve

Curso de medicina da UAlg está a comemorar dez anos e tem agora, oficialmente, o seu espaço próprio na Universidade do Algarve

O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Universidade do Algarve tem, a partir de hoje, a sua casa própria na instituição. Numa altura em que se estão a comemorar os dez anos deste curso, o ministro da Ciência e Tecnologia Manuel Heitor inaugurou oficialmente as instalações da Unidade de Educação em Medicina, no edifício que foi construído para albergar o Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da UAlg.

O membro do Governo esteve na academia algarvia para participar nas Jornadas de Educação Médica, que estão a decorrer hoje e que trouxeram ao Algarve especialistas nacionais e internacionais. De caminho, Manuel Heitor presidiu à inauguração não apenas da Unidade de Educação em Medicina, mas também do Laboratório de Saúde, Envelhecimento e Cinética, ambos instalados no Campus das Gambelas da UAlg, em Faro.

No final, o ministro deixou elogios ao percurso feito, até agora, pelo curso. «São dez anos de um grande esforço da universidade, das unidades de cuidados de saúde, dos investigadores e que mostram que vale a pena», disse.

«A história destes dez anos são já hoje uma referência, pelas metodologias de ensino, mas também pela forma como está a mudar quer o hospital – este programa é fundamental para ajudar à modernização dos cuidados de saúde no Algarve -, quer a universidade», acredita Manuel Heitor.

«Ficou aqui bem patente a colaboração quer com a área das ciências e tecnologias, sobretudo no que toca ao digital, quer com a área das Ciências Sociais e Humanas. O papel de um curso de medicina, quando é feito em com atividades de investigação e com ligação às unidades de saúde, é transformador da própria universidade e da forma de aprender e ensinar», acrescentou o membro do Governo.

 

 

Há uma década, a Universidade do Algarve arriscou e inovou na forma como se ensina a medicina, em Portugal. Usando o método Problem Based Learning, a universidade algarvia conseguiu impor-se e já formou centenas de médicos, cuja qualidade é reconhecida.

Isto deveu-se, em grande medida, à sua forte ligação «com a investigação e com os hospitais, mas também com as outras áreas do saber», mas também pela cooperação internacional que o caracteriza, que fazem do MIM da UAlg «uma referência».

«Este curso tem fortes ligações internacionais. Hoje estiveram aqui parceiros do Canadá, do Reino Unido e da Espanha, que lhe dão uma credibilidade particularmente importante», acredita Manuel Heitor, que durante o seu discurso fez a apologia da cooperação internacional, não só no que toca ao ensino, mas também na vertente da acreditação de cursos.

Hoje, como ilustrou Isabel Palmeirim, diretora do MIM, as questões ligadas à acreditação do curso «quase não existem». Mas houve uma altura em que «havia quem quisesse acabar com o curso», lembrou o ministro.

Manuel Heitor considera que a desconfiança em relação ao MIM «está no passado e o futuro será diferente. Este passa por, cada vez mais por, não apenas alargar, mas aprofundar e levar esta experiência para outros sítios».

É que o ministro não esconde ser fã do método Problem Based Learning, nomeadamente no ensino de medicina. «Não há dúvida nenhuma que o Algarve é um exemplo a seguir», considerou Manuel Heitor.

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