Variantes à EN125 e ferrovia para o Aeroporto «servem o Algarve», mas municípios querem mais

Presidente da AMAL lembra outros investimentos necessários, como o Hospital Central do Algarve

Foto: Gonçalo Dourado| Sul Informação

A ligação ferroviária ao Aeroporto de Faro e a construção de variantes urbanas à EN125, onde se deverá incluir a de Olhão,  foram duas das obras incluídas pelo Governo no Programa Nacional de Investimentos 2030. Para Jorge Botelho, presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), estes são investimentos que «servem o Algarve, mas faltam outros que não estão no plano e que esperemos que avancem».

Entre os investimentos que «fazem falta» à região, o autarca, em declarações ao Sul Informação, destaca o Hospital Central, mas há outros, nomeadamente no que à ferrovia diz respeito.

«Tudo o que estiver incluído no plano é bom, mas há mais investimentos que não estão ou que são investimentos mais pequenos, e que podem ter outro tipo de financiamentos, nomeadamente ao nível dos Ministérios», reforça Jorge Botelho.

Quando o Plano Nacional de Investimentos 2030 esteve em discussão no Algarve, em Setembro, uma das reivindicações da região foi a ligação ferroviária transfronteiriça a Espanha. No entanto, esta obra não foi incluída e o presidente da AMAL não estranha.

Foto: Fabiana Saboya | Sul Informação

«Não abandonamos a ideia, mas essa é uma questão que depende da negociação com Espanha e que tem sido alvo de conversações. Se, do outro lado da fronteira, não houver interesse, não se pode fazer. Por isso, não estranho que a ligação transfronteiriça não esteja no plano».

Já a eletrificação da Linha do Algarve não faz parte do PNI 2030 porque essa é uma obra que se espera que avance este ano. «A informação que tenho do ministro [do Planeamento e Infraestruturas] Pedro Marques é que, em 2019, teremos essa obra no terreno. Mas não sei o mês», adianta Jorge Botelho.

A eletrificação da linha permitiria outro tipo de comboios a circular no Algarve e o presidente da AMAL espera que isso aconteça: «não sei se isso permitirá substituir logo as carruagens a diesel por elétricas, mas, uma vez que vamos ter uma linha elétrica, a expetativa é a de termos melhor material circulante».

No início do ano, a CP lançou um concurso público internacional para a compra de 22 novos comboios regionais, mas Jorge Botelho desconhece se algum destes comboios virá para o Algarve.

O PNI 2030 é parte integrante do Portugal 2030 e concretiza a parte da sua estratégia de investimentos estruturantes de médio e longo prazo, nos setores da Mobilidade e Transportes, Ambiente e Energia.

O programa abrange as infraestruturas de nível nacional localizadas em Portugal Continental, estruturando-se por projetos ou programas com investimentos superiores a 75 milhões de euros e tem um horizonte temporal de 10 anos.

 

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