PS/Faro quer Governo a pôr «ordem nos CTT» e apela a boicote ao banco

Militantes do PS distribuíram panfletos à entrada da estação dos correios, no Largo do Carmo, em Faro

«O Governo tem de pôr ordem nos CTT», empresa que está a fazer um «ataque pelo país todo, encerrando postos de proximidade». As palavras são de Paulo Neves, presidente do PS/Faro, que se manifestou contra o fecho das estações dos correios em Estoi e Santa Bárbara de Nexe, esta quinta-feira, 3 de Janeiro, e apelou ao boicote ao banco dos CTT.

A ação, realizada em frente à estação dos correios no Largo do Carmo, em Faro, teve como objetivo «responder» ao ataque «dos CTT que estão a encerrar postos de proximidade». «Já o tinham feito em Santa Bárbara de Nexe, em 2013, e agora fizeram-no em Estoi», disse Paulo Neves, aos jornalistas.

Um dos pedidos do PS/Faro é o boicote ao Banco CTT que funciona na estação do Largo do Carmo. «Deixámos de ter uma empresa de referência europeia para passarmos a ter mais um banco», considerou.

A estratégia com estes encerramentos é, no entender do socialista, «obrigar a que haja filas no sítio em que há o banco para assim arranjarem novos clientes».

«Entendemos que as pessoas, para defesa sua, devem evitar o Banco CTT. Os clientes podem optar por outros bancos, mas não podem escolher outros correios. Achamos legítimo que os CTT tenham um banco, mas não que haja uma completa subversão em que se acaba com o serviço postal», referiu Paulo Neves.

O presidente da concelhia do PS apelou mesmo a que os farenses «não utilizem os bancos CTT», enquanto não forem «respeitados os direitos no serviço postal».

Uma das pessoas que recebeu um panfleto das mãos dos militantes do PS foi Natália Romana, de 86 anos. Aos jornalistas disse que o serviço dos correios continua a ser «importante» na sua vida. «Se quero comprar um selo, mandar uma carta, pagar a luz venho sempre cá», revelou.

Falando da estação do Largo do Carmo, que Natália Romana utiliza, Paulo Neves considerou que «há pessoas que, depois de 30 minutos, não são atendidas».

«O balcão do banco tem de atender as pessoas e não pode reforçar o atendimento postal. A verdade é que as pessoas não são servidas aqui, nem em parte nenhuma», considerou o socialista.

Além do fecho do posto em Estoi, que foi transferido para o edifício da Junta de Freguesia, os CTT, que em Santa Bárbara funcionam num mini-mercado, vão fechar os balcões de Alcoutim, Praia da Luz (Lagos) e Sagres.

 

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