A Casa de Odeleite reabriu ao público hoje, sexta-feira, depois de ter estado fechada desde o início do ano, devido ao encerramento da empresa municipal Novbaesuris.
A abertura deste espaço acontece cerca de uma semana depois do Castelo, da Casa do Sal, onde está instalado, agora, o Posto de Informação Turística do concelho, terem entrado, novamente, em funcionamento, após terem estado fechados, pelo mesmo motivo.
O encerramento de equipamentos públicos foi uma das consequências do polémico encerramento da Novbaesuris, decisão da Câmara muito criticada pelo PS, principal partido da oposição e cuja vereadora na autarquia era a presidente do Conselho de Admnistração da empresa municipal.
Se, por um lado, o executivo camarário PSD garantia que o encerramento de diversos equipamentos que estavam sob a alçada da Novbaesuris se devia a dificuldades criadas pelo Conselho de Admnistração, a socialista Célia Brito negou quaisquer entraves da parte da empresa municipal e garantiu que, se os serviços não abriam, a culpa era «toda do executivo».
A Casa de Odeleite foi, nas primeiras décadas do século XX, «um importante entreposto comercial e a casa mais rica da freguesia. Comercializava maioritariamente frutos de sequeiro, como a alfarroba, a amêndoa e o figo, mas também a azeitona e os cestos de cana, oriundos dos montes em redor da aldeia», segundo a Câmara de Castro Marim.
É um edifício particular no contexto da arquitetura da Serra, ao articular uma série de casas de matriz serrenha com um edifício de dois andares e motivos Arte Nova.
O equipamento está agora dividido entre um espaço expositivo e outro de restauração e centro de documentação com arquivo gastronómico, testemunhando e promovendo a gastronomia e os saberes serranos. Está também equipado com cafetaria e loja.
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