O PCP quer que o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) passe a ter as especialidades de Cirurgia Cardiotorácica e Cirurgia Vascular. Os comunistas consideram que o Serviço Nacional de Saúde no Algarve «deve ser dotado destas valências» e questionaram o ministério da Saúde sobre as intenções do Governo nesta matéria.
Na pergunta feita ao Ministério da Saúde pelos deputados Paulo Sá, eleito pelo Algarve, e Carla Cruz, o PCP explica que «o Centro Hospitalar Universitário do Algarve não dispõe de um serviço de Cirurgia Cardiotorácica, apesar de na região (e no Baixo Alentejo) serem referenciados para esta especialidade centenas de doentes por ano».
Segundo os comunistas, «a inexistência desta valência nos hospitais públicos da região algarvia implica que os doentes têm de ser encaminhados para hospitais públicos em Lisboa ou que, se tiverem capacidade financeira, recorram a hospitais privados no Algarve».
O PCP acrescenta que, de acordo com informação recolhida numa visita ao Serviço de Cardiologia do Hospital de Faro, «há especialistas nesta área disponíveis para vir para o Algarve, caso se opte pela criação desta valência nos hospitais públicos da região».
Já o facto de não haver também Cirurgia Vascular no Algarve, o que obriga ao encaminhamento dos doentes para Lisboa, pode levar, «em situações críticas (por exemplo, no caso de uma rutura de um aneurisma da aorta abdominal)» à morte do doente, segundo os comunistas.
Por isso, considera o PCP, «o Serviço Nacional de Saúde no Algarve deve ser dotado destas valências – Cirurgia Cardiotorácica e Cirurgia Vascular – de forma a garantir aos utentes da região um tratamento mais adequado das doenças do coração e do sistema cardiovascular».
Em específico, o Grupo Parlamentar do PCP quer saber se o Governo reconhece «que dotar o Centro Hospitalar Universitário do Algarve das valências de Cirurgia Cardiotorácica e de Cirurgia vascular contribuiria para melhorar os cuidados de saúde prestados na região aos utentes com doenças do coração ou do sistema cardiovascular», se tenciona criar estas valências nos hospitais públicos algarvios, se já foram tomados passos nesse sentido e quando se prevêm que estas especialidades possam estar disponíveis no CHUA.
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