Emmy Curl promete cantar temas do futuro álbum num concerto intimista em Faro

Bilhetes para o espetáculo custam 6 euros

A artista Emmy Curl promete cantar «temas do novo álbum», a ser lançado no próximo ano, num concerto intimista a realizar-se este sábado, 1 de Dezembro, às 21h30, no CAPa – Centro de Artes Performativas do Algarve, em Faro.

«Vou tocar guitarra, piano, cantar loops, harmonias e também vou improvisar. É algo que estou a explorar: deixar-me entregar ao desconhecido e à experiência das coisas. Torna-se único e, assim, as pessoas fazem parte de algo que não poderia acontecer em mais lado nenhum. Só eu e elas é que o estamos a viver».

É assim que Catarina Miranda, a mulher que dá corpo a Emmy Curl, em entrevista ao MusicáliaSul Informação, resume o concerto que dará este sábado.

Ainda assim, a artista confessa que não gosta de antever «o que vai acontecer, porque gera uma expetativa e é algo que, por vezes, nos atraiçoa».

Catarina Miranda está a preparar um novo álbum, do qual apenas deu a conhecer o tema “A Dança do Sol e da Lua”, em que é acompanhada de Vicente de Palma. Essa música é, para Emmy Curl, «uma boa amostra do álbum porque tem os arquétipos da sociedade, a Lua e o Sol, a ordem e o caos, o masculino e o feminino e é esta junção que, por vezes, é difícil no nosso mundo», diz.

Quanto ao novo álbum, «estou a pensar lançá-lo em Fevereiro ou Março, mas, antes do novo ano, haverá um novo single. Estou a ponderar lançar as músicas à maneira que elas vão surgindo, sem pensar que tenho de lançar o álbum. Também estou a aguardar respostas de apoios, que vão moldar a minha decisão. Mas preciso de fechar este processo, para que possa começar coisas novas», confessa a artista.

Catarina Miranda, agora com 28 anos, deu-se a conhecer em 2007 com o EP “Ether”, seguindo o caminho com “Birds Among The Line”, em 2010, e “Origins” em 2012. Só em 2015 lança o seu primeiro LP “Navia”.

No início deste ano dizia estar num processo de encontro consigo mesma que se iria refletir no próximo trabalho. Essa viagem fê-la olhar também para os outros e para quem a rodeia.

«O que eu estou a compor para o próximo trabalho, e que vou apresentar também no próximo concerto no Algarve, é uma mistura entre a tecnologia e a natureza. O que quero explorar no meu próximo álbum é uma questão que nos assombra a todos: como nos conseguimos adaptar a um mundo cheio de escolhas. Porque as escolhas trazem depressão», considera a cantora .

Hoje, mais do que nunca, há a opção de seguir vários caminhos, algo que considera que «vai acontecer cada vez mais».

Ainda assim, aquilo que pode ser um ótimo começo para um novo mundo, também poderá trazer, ao mesmo tempo, assombros e problemas que não surgiam antes.

Por exemplo, «como é que a tecnologia pode ser integrada na Natureza e como é que ela pode evoluir em prol de toda a gente. Nas letras exploro a ideia das nossas opções, como é que as podemos tomar para gerar essa harmonia», explica Emmy Curl.

O álbum é, assumidamente , uma interligação entre a natureza e a tecnologia, com temas onde a voz e a guitarra de Catarina são envolvidas por atmosferas eletrónicas, produzidas de forma caseira, e outras onde a componente acústica – só voz e guitarra – são embaladas num som naturalmente ambiental.

O novo álbum chegou a estar anunciado para o final deste ano, mas os vários projetos em que está envolvida levaram a um adiamento.

É que, em 2017, aceitou o convite de Bruno para fazer parte de Papercutz, projeto que a tem levado a outros palcos e a explorar outras realidades.

«Dá-me a possibilidade de ter outro contacto com o público e de interagir com outros músicos, mas uma coisa não anula a outra. Posso criar e crescer com Papercutz e explorar outras áreas. Sozinha estou protegida pela guitarra e aqui estou à frente, num contacto diferente com o público, a descobrir coisas novas sobre a performance em palco que foi algo que nunca tive», revela a cantora que, este ano, aceitou outro desafio: dar voz a “Para Sorrir não preciso de nada”, tema escrito por Camila Ferraro e comporto por Júlio Resende, com o qual conseguiu o 2º lugar do Festival da Canção.

Apesar de não ser uma composição sua, aceita-a como tal e leva-a onde quer que vá. «Essa é uma música que passou a fazer parte do espetáculo. Vou tocar um pouco do que já toco há muitos anos, algumas músicas mais antigas, que foram um marco na minha história e temas mais recentes, que fazem parte do novo álbum», conclui Emmy Curl.

Os bilhetes para este espetáculo em Faro custam 6 euros.

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