CHUA e ARS Algarve abertos «a rever a decisão» quanto à progressão da carreira dos enfermeiros

Enfermeiros entregaram um abaixo-assinado com cerca de mil assinaturas às administrações do CHUA e da ARS Algarve

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O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e a Administração Regional de Saúde (ARS) asseguraram aos enfermeiros algarvios que estão a trabalhar para ir ao encontro das pretensões destes profissionais de saúde, na contabilização dos pontos tendo em vista os descongelamento da progressão na carreira.

Uma delegação dos Sindicato dos Enfermeiros Portugueses SEP, que integrou um grupo destes profissionais de saúde, entregou um abaixo-assinado com «mais de 800 assinaturas» aos conselhos de administração do CHUA e da ARS Algarve e foi recebido por representantes das duas entidades.

Da parte do CHUA, mais precisamente do seu vogal Hugo Nunes, a delegação do SEP, acompanhada por um grupo destes profissionais de saúde, recebeu a garantia que «é vontade de todos os membros do Conselho de Administração de contabilizar corretamente os pontos não só aos enfermeiros com vínculo à função pública mas também a todos os trabalhadores com contrato individual, numa perspectiva de harmonização».

Segundo o SEP, os responsáveis pelos hospitais públicos algarvios asseguraram que isso só não aconteceu «porque ainda não houve tempo para a devida fundamentação jurídica que suporte essa harmonização».

«Apesar de serem sensíveis aos argumentos do SEP, a verdade é que ainda não concretizaram o compromisso assumido», salientou o sindicato.

Já na ARS do Algarve, a vogal Josélia Gonçalves disse aos enfermeiros que esta entidade está «a seguir uma interpretação da Lei mais cautelosa, de acordo com orientações da ACSS e que também já tinham consultado as outras ARS no sentido de perceber como estavam a aplicar a contabilização dos pontos para efeitos de progressão».

«Apesar de ambas instituições não terem fechado a porta a rever a decisão até ao momento, o SEP recordou que os salários dos enfermeiros estão congelados desde há 13 anos, pelo que a expectativa é enorme relativamente a uma progressão imediata e que lamenta que estejamos quase no final do ano e ainda não tenha sido dado cumprimento à norma do Orçamento do Estado de 2018, em vigor desde Janeiro», considerou o sindicato.

Os sindicalistas lembraram, ainda, os responsáveis pelas duas entidades que «já várias instituições no país convergiram com o entendimento do SEP e não pode haver entendimentos da Lei diferentes, sob pena de prejudicar enfermeiros no seu desenvolvimento salarial».

E avisam: «Os enfermeiros vão continuar a lutar porque a progressão não pode ser uma ilusão».

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