PSD exige que alunos do superior do Algarve tenham acesso a crédito bonificado

Nova linha de crédito com taxas reduzidas lançada pelo Governo apenas é pode ser acedida por alunos das regiões Norte, Centro e Alentejo

Os estudantes do Ensino Superior do Algarve ficaram de fora de uma nova linha de crédito bonificado lançada pelo Governo, denunciaram os deputados do PSD eleitos pelo Algarve Cristóvão Norte e José Carlos Barros.

A possibilidade de aceder a estes empréstimos com taxas de juro baixas, cujo fiador é o Estado, só é aberta a alunos das regiões Norte, Centro e Alentejo.

«Há hoje um movimento correto para diminuir vagas em Lisboa e Porto e redistribui-las pelo resto do país. Todavia, no caso do Algarve, os estudantes do ensino superior da região ou que venham para a região, não podem beneficiar da linha de crédito que lhes permite contrair um empréstimo a custos baixos de modo a prosseguirem os seus estudos. São as nossas famílias que pagam mais, os nossos estudantes que têm pior tratamento sem justificação, a região e a Universidade do Algarve que ficam a perder», alega Cristóvão Norte.

«Desse modo, o Algarve torna-se menos atrativo para muitos estudantes algarvios e não só, os quais não encontram na região as mesmas oportunidades por decisão do Governo. Quando em tantas áreas queremos ter quadros qualificados que fiquem na região não podemos ter políticas que os afastem daqui», acrescentou.

Esta não é a primeira vez que os alunos do Algarve ficam de fora de medidas de apoio a universitários lançadas pelo Governo. Em causa está o facto destas linhas serem financiadas por fundos da União Euroepia e o a região algarvia já ter saído do chamado Objetivo 1, que junta as regiões mais pobres da UE.

No entanto, os deputados do PSD eleitos pelo Algarve não aceitam aquilo que consideram ser uma «discriminação» e já apresentaram ao Governo «um requerimento no qual solicitam o mesmo tratamento para a região».

A linha de crédito em causa destina-se tanto aos estudantes de instituições públicas como aos de privadas, que estejam a tirar Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP), licenciaturas, mestrados ou doutoramentos.

O valor que cada estudante pode pedir emprestado varia entre mil a cinco mil euros por ano, sendo o valor máximo atribuído o correspondente à soma dos anos do curso. No caso de alunos que já tenham iniciado o curso, o empréstimo corresponderá ao número de anos ou meses que faltam para concluir os estudos.

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