Olhão respirou poesia ao longo de 10 dias

«Ouviu-se música, viu-se teatro, declamaram-se poemas e colocou-se Olhão no centro do mundo artístico»

Foram 10 dias em que Olhão, com a inspiração do poeta João Lúcio, respirou literatura. O “Poesia a Sul” terminou este domingo, 28 de Outubro, mas já é um evento «a nível internacional»

O poeta olhanense João Lúcio, cujo centenário da morte o Município está a assinalar no mês de Outubro, foi um tema transversal a toda a edição deste ano do Poesia a Sul.

O colóquio de homenagem ao poeta olhanense, no último sábado, 27 de Outubro, juntou apreciadores e estudiosos da sua obra e vida, num dia em que também se evocou Saramago e a poesia caboverdiana. Tudo com a Ria Formosa como pano de fundo.

«O IV Encontro Internacional Poesia a Sul, organizado pelo Município de Olhão, trouxe ao concelho poetas de quase duas dezenas de países. Viveram-se momentos de partilha de experiências e de intercâmbio cultural, ouviu-se música, viu-se teatro, declamaram-se poemas e colocou-se Olhão no centro do mundo artístico», diz a Câmara Municipal.

João Lúcio, uma das figuras do modernismo português que privou com Fernando Pessoa, deu que falar em vários eventos, que culminaram com o colóquio que decorreu na Associação Cultural Re-Criativa República 14.

António Cândido Franco, Jacinto Palma Dias, Fernando Cabrita, Vasco Prudêncio e Vítor Cantinho falaram das obras do poeta olhanense e das características invulgares da sua casa, o Chalé João Lúcio, na Quinta de Marim.

Segundo a autarquia, o «Poesia a Sul é um dos grandes eventos de poesia a nível internacional, ou não contasse com a presença de poetas dos quatro cantos do Mundo».

Por isso não é de estranhar que «muitos espaços municipais» tivessem acolhido «este encontro, comissariado por Fernando Cabrita, que também passou pelas freguesias, pelos concelhos de Castro Marim, Lagos e Vila do Bispo e esteve ainda na vizinha Espanha».

«Este evento, organizado e suportado logística e financeiramente pelo Município, com o importante apoio do 365Algarve, vai ganhando o seu lugar no cenário nacional e internacional, levando o nome de Olhão e da literatura portuguesa a diferentes países e a públicos e círculos especializados», refere, por sua vez, António Pina, presidente da Câmara de Olhão.

 

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