Câmara de Silves manifesta pesar pela morte do antigo vereador José Luís Cabrita

José Luís Cabrita dedicou grande parte da sua vida à «investigação histórica no campo da arqueologia, pugnando pela defesa da cultura, para além de toda a sua atividade cívica e política»

Foto cedida pelo jornal «Terra Ruiva»

A Câmara Municipal de Silves manifestou hoje, em comunicado, o seu pesar pela morte de José Luís Cabrita, que foi vereador de 1986 a 1989, mas também um grande apaixonado pela história e a arqueologia do seu concelho. O seu funeral teve lugar no passado dia 31 de Agosto

Nascido na freguesia de Silves em 23 de Dezembro de 1930, José Luís Cabrita desenvolveu a sua atividade profissional como Contabilista (Técnico Oficial de Contas).

Foi vereador da Câmara Municipal de Silves no mandato autárquico de 1986-89, eleito nas listas da APU, coligação unitária que antecedeu a atual CDU.

Mas já antes, segundo o jornal «Terra Ruiva», tinha sido membro da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Silves que tomou posse a seguir à Revolução do 25 de Abril, no dia 19 de Junho de 1974, estando em funções até Novembro de 1975.

Mas José Luís Cabrita dedicou grande parte da sua vida à «investigação histórica no campo da arqueologia, pugnando pela defesa da cultura, para além de toda a sua atividade cívica e política, em prol dos valores democráticos e de uma sociedade mais justa».

José Luís Cabrita foi presidente da Associação de Património Histórico-Cultural de Silves e um dos grandes responsáveis pela vinda, para Silves, no início dos anos 80, do casal de arqueólogos Mário e Rosa Varela Gomes, que haveria de fazer algumas das mais importantes descobertas e investigações arqueológicas do concelho, nomeadamente do poço-cisterna almoada e no castelo.

Este exemplar único da arquitetura islâmica foi encontrado e escavado no pátio do edifício onde, mais tarde, e tendo José Luís Cabrita como um dos seus proponentes, se haveria de construir o Museu Municipal de Arqueologia de Silves, inaugurado em 1989. O malogrado investigador doou algumas das peças arqueológicas que tinha recolhido ao longo dos anos ao então novo museu.

Outra das paixões de José Luís Cabrita era a história silvense, nomeadamente as dos movimentos operários ligados à indústria corticeira local. Investigou e publicou artigos sobre essas temáticas, nomeadamente no jornal «Terra Ruiva».

«Tendo servido a população deste concelho enquanto vereador da Câmara Municipal de Silves, deixa memórias e atos que perpetuarão a sua memória junto da população e dos órgãos da administração local», salienta a autarquia, na sua nota de pesar.

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