Usar água de forma eficiente vale 50 mil euros a Loulé

Loulé aposta na educação ambiental, mas também vai alertar hoteleiros para um consumo sustentável da água

Foto: Depositphotos

Uma «grande campanha» de sensibilização nas escolas, uma formação para os funcionários municipais e uma conferência sobre a sustentabilidade da água são três das ações que Loulé vai implementar, com a ajuda do Fundo Ambiental, até 30 de Novembro, para promover o uso eficiente daquele recurso. 

O município algarvio viu a sua candidatura a este Fundo Ambiental ser aprovada, pelo que vai agora receber cerca de 50 mil euros para pôr no terreno aquelas ações, cofinanciadas em 70%.

O contrato foi assinado esta terça-feira, 28 de Agosto, entre Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, e Alexandra Carvalho, secretária-geral do Ministério do Ambiente.

Em declarações ao Sul Informação, o autarca louletano explicou que a «promoção do uso eficiente da água» é o grande objetivo de um conjunto de «cinco ações».

Uma delas é, então, a formação a funcionários municipais sobre o uso da água, outra é «uma grande campanha, nas escolas, com um enorme envolvimento das crianças, para conceber uma mascote que sensibilize para este valor».

Também as crianças, mas das escolas de Almancil e Quarteira, vão poder assistir à peça de teatro “Climat 100” que já esteve em Loulé, em 2016. «Toda a peça gira em torno destas questões da sustentabilidade ambiental e uso eficiente da água», explicou Vítor Aleixo.

Quanto às ações de sensibilização, também vão ser feitas junto dos agentes económicos. «Queremos alertar o setor do turismo, como os hoteleiros, para passarem esta mensagem aos seus clientes», disse o presidente da Câmara de Loulé ao nosso jornal.

Vítor Aleixo assina contrato de financiamento do Fundo Ambiental

Tudo vai terminar com uma conferência sobre a sustentabilidade da água, cuja data ainda não está definida.

Até 30 de Novembro, todas as ações têm que ser desenvolvidas, mas a questão da adaptação às alterações climáticas vai continuar a ser trabalhada em Loulé.

O projeto financiado pelo Fundo Ambiental faz parte das opções emanadas da EMAAC – Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas.

O aumento da temperatura e da frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos, como ondas de calor e secas são alguns dos eventos e impactos com que o Município de Loulé terá que lidar no decorrer deste século, como resultado das alterações climáticas projetadas para o seu território. Perante este cenário, torna-se imperativo, cada vez mais, a implementação de medidas que visem um uso racional de água, um bem precioso para a sobrevivência do ser humano e que cada vez mais escasseia.

Assim, aquela Estratégia tem como objetivo diminuir as vulnerabilidades atuais e futuras do município, aumentar a sua capacidade adaptativa face aos eventos extremos projetados, salvaguardar o seu património humano, natural e material e contribuir para aumentar a consciencialização e a capacitação da população.

Para Vítor Aleixo, um dos autarcas portugueses que tem tido um papel pioneiro – e mais visível – em matéria de adaptação às alterações climáticas, «este projeto exige da parte de todos uma mudança de hábitos e transição para novos estilos de vida, tudo em prol do futuro do nosso Planeta».

Mas o trabalho não fica por aqui. «Vamos apresentar, em breve, um programa para as contingências da seca. Até ao final do ano, apresentaremos, ainda, um plano para a eficiência energética e, ainda, um dos primeiros programas sobre como encarar a subida do nível médio da água do mar em todo o litoral do concelho de Loulé», adiantou Vítor Aleixo.

Outra das ações, que ainda não foi contratualizada, mas vai ser preparada, é um Programa Municipal para o Uso Eficiente da Água.

Comentários

pub