Incêndio mantém duas frentes, uma em Casais e outra já no concelho de Silves

Conferência de imprensa de balanço do dia e anúncio de perspetivas foi feita por Patrícia Gaspar, a nova responsável operacional

O incêndio de Monchique mantém ainda duas frentes ativas, uma a oeste, a caminho de Casais, ao longo da estrada para Marmelete, e outra a leste, já no concelho de Silves, disse hoje Patrícia Gaspar, 2ª comandante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil e nova responsável operacional pelo combate a este fogo.

Patrícia Gaspar, que falava na conferência de imprensa que teve lugar pelas 20h00 de hoje, na Escola EB 2,3 de Monchique, esclareceu que, de acordo com a «estratégia definida em termos operacionais», o «grande enfoque desta noite» será «nas linhas do perímetro {do incêndio] onde ainda temos pontos quentes, que importa consolidar».

Depois, acrescentou, será feita a «consolidação das partes desse perímetro onde os trabalhos já estão a decorrer de forma mais favorável, quer com recurso aos meios terrestres dos corpos de bombeiros, quer com o reforço estruturado e organizado do trabalho das máquinas de rasto».

Aquela responsável sublinhou que essa maquinaria faz um «trabalho importantíssimo», na «abertura de faixas de contenção, que permitem reduzir a propagação do incêndio, mas também criam condições para que os meios terrestres possam entrar».

Sobre as perspetivas para esta noite, Patrícia Gaspar revelou que «apesar do vento, temos aqui alguma possibilidade de recuperação em ternos de humidade, fator que nos é favorável». Prevê-se ainda uma «descida da temperatura», o que, aliás, já se está a verificar.

Ao que o Sul Informação apurou, no concelho de Silves o fogo andou na zona da Pedreira, mas as chamas afastaram-se da zona habitada. Há máquinas de rasto a abrir faixas de contenção, para evitar que as chamas voltem para trás e cheguem às casas.

Sobre a passagem do comando das operações para um nível nacional, Patrícia Gaspar assegurou tratar-se de uma «opção perfeitamente normal» em operações com «alguma complexidade», que está a «estender-se no tempo e no espaço», como é o caso.

O sistema de operações, sublinhou, «prevê que a partir do nível 5» haja um «comando nacional». «Não é uma rotura, é uma solução de continuidade». Patrícia Gaspar substituiu hoje Vítor Vaz Pinto, comandante operacional distrital da Proteção Civil do Algarve, que tem sido o responsável pelo combate ao incêndio que começou na sexta-feira na Perna da Negra, Monchique, e que, entretanto, se estendeu aos concelhos vizinhos de Odemira, Silves e Portimão.

Neste momento, estão no terreno 1200 operacionais, apoiados por 402 veículos e ainda 25 máquinas de rasto. Os 13 meios aéreos que estiveram em atuação ao longo do dia foram retirados com o cair da noite.

 

Em atualização

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