Beja acolhe mais uma edição das Palavras Andarilhas

Oficinas, tertúlias, conferências e muitas atividades para crianças e famílias fazem parte do programa

A programação da 15ª edição das Palavras Andarilhas propõe olhares diversos sobre a arte da palavra dita e impressa, em oficinas, tertúlias e conferências, apoiando a formação dos mediadores de leitura que acorrem a Beja, entre 22 e 26 de Agosto.

Viale Moutinho, Eugénio Roda, Rita Taborda Duarte são alguns dos escritores e outros criadores convidados a partilhar os seus universos. Um dos focos desta edição é o universo do juvenil – essa Terra Incógnita que Ana Saldanha, Ana Pessoa, Miguel Fragata e Maurício Corrêa Leite vão abordar.

Fazem quinze anos as Palavras Andarilhas e celebram a poesia com Ana Luísa Amaral, Roseana Murray, Alexis Pimienta e Thomas Back, regressos à cidade dos contos, com Ana Garcia Castelhano, e começos como o Big Bang Boom! de Margarida Botelho.

Mário Rainha, do Serviço Educativo da Casa da Cerca (Almada), Pablo Albo, narrador e escritor de coisas sonhadas, Miguel Horta, mediador dos 7 instrumentos, Pedro Giestas e o Anel de Fábulas, João Lizardo e os seus livros de pequeno formato, trazem a sua experiência para partilhar.

Rachel Caiano, Margarida Botelho, Gisela Cañamero, Helena Zália, Vanda Vilela, Virginia Imaz desafiarão os andarilhos a experimentar e fruir, com abordagens diversificadas da escrita, da narração oral, da ilustração e da educação artística. O universo digital da leitura tem hora marcada com Benita Prieto.

O Festival de Narração Oral “Eu conto para que tu sonhes” garante o livre acesso a sessões de contos, leituras partilhadas e oficinas dirigidas a público de todas as idades – no Jardim Público de Beja, nas freguesias com os “Contos d’ir ó fresco”, e noutros espaços significativos da cidade, como o Bairro da Mouraria ou o Forno da Bia Gadelha, onde as histórias de José Craveiro são como pão para a boca de quem as escuta.

A organização convida ainda as famílias a desenhar novos caminhos na aproximação à leitura e à experiência artística. Pedro Seromenho, Manuel Dias, Joaninha Duarte, Margarida Junça, Paula Cusati, Rita Salles vão semear histórias e leituras pelos canteiros do jardim.

A exposição “Um céu que se me abre na cabeça” antecipa o Festival, na noite de 22 de Agosto, com o resultado de uma residência artística no Bairro da Mouraria, projeto da Biblioteca Municipal José Saramago, de Beja, dinamizado por Jorge Serafim e Luzia do Rosário, e “retratos” de Flávio Horta, Rui Eugénio e José Maria Barnabé.

Entre 23 e 26 de Agosto, todos os fins da tarde, os “Encontros da Mouraria”, trazem especialistas da tradição oral, na suas vertentes poéticas e narrativas, para conversas informais à soleira da porta. Adalberto Alves, Hugo Maia, Paulo Correia e Maria José Barriga serão alguns dos convidados.

Na cave da Biblioteca Municipal, está patente a exposição “Infâncias que nascem do papel”, com curadoria de Mafalda Milhões, servindo de base ao trabalho de mediação de leitura com os públicos do concelho no próximo ano.

No Jardim Público, os serões de contos convidam à escuta de narradores nacionais e internacionais, do repentismo e do cordel. Ana Garcia Castellano, Virginia Imaz, Pablo Albo, Jorge Serafim, Tâmara Bezerra, Carlos Marques, Alexis Diaz Pimienta e Thomas Bakk farão a despesa das noites. «Vamos certamente cantar juntos e haverá Bálho com os Bule-Bule», acrescentam os organizadores.

Diariamente, o Mercadinho Andarilho acolhe quinzena e meia de livreiros e muitos criadores, sempre com bons pretextos para ver, ler e mercar.

A festa encerra, no domingo, dia 26, pelas 18h30, com a apresentação de “Natais em Agosto”, a conversa tão esperada entre Ana Sofia Paiva e Mariana Lopes sobre o auto de Natal da Trindade, «aquela aldeia onde se fazia o mais belo Natal do mundo».

Todo o programa das Palavras Andarilhas pode ser encontrado clicando aqui.

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