Secretária de Estado visitou praias de Olhão e ouviu preocupações de António Pina

Presidente da Câmara de Olhão está preocupado com o fim da Sociedade Polis

Célia Ramos, secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza visitou esta manhã a Ilha da Fuzeta, depois da conclusão das obras de reposição de areias que terminaram no dia 10 de Julho. A governante conheceu ainda a praia dos Cavacos, a “nova” zona balnear do concelho de Olhão, que voltou a poder ser utilizada depois de também ter sido intervencionada pela Sociedade Polis.

A praia da Fuzeta-mar reabriu ao público após a conclusão dos trabalhos de reposição de areia nos 200 metros da concessão, na sequência das intempéries ocorridas no final de Fevereiro e início de Março deste ano, que “cavaram” um talude de mais de 3 metros em grande parte da ilha.

Também os passadiços foram reconstruídos, bem como o cais de embarque e as passadeiras. Estas obras, da responsabilidade da Câmara de Olhão custaram 219 mil euros.

Segundo a autarquia, «no âmbito do reforço do cordão dunar nesta zona tão fragilizada, já foram repostos, e parcialmente reperfilados, cerca de 80 000 m³ de areia, permitindo em paralelo que a praia disponha de condições para ser utilizada pelo público em geral, concessionários e outras entidades de promoção turística».

Os resultados desta obra impressionaram Célia Ramos que realçou que na «última vez que cá estivemos, em Março, tínhamos um talude com 4 metros; agora, temos uma praia excelente, completamente reposta, que pode ser desfrutada pelas pessoas de Olhão, mas também as pessoas que a visitam, e que são cada vez mais».

A secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza também realçou «o trabalho do município na reconstrução do cais de embarque e dos passadiços».

Já na Praia dos Cavacos, António Pina aproveitou, segundo conta a Câmara de Olhão, para «demonstrar no terreno a necessidade de aumentar a extensão do areal, uma vez que, no período em que a maré está mais vazia, este não chega à água».

«A senhora secretária de Estado percebeu o bom senso desta nossa reivindicação e houve da sua parte abertura para procurarmos compatibilizar este pedido com os eventuais constrangimentos de ordem ambiental que possam existir», adiantou, otimista, o presidente da
autarquia olhanense.

Na agenda da visita de Célia Ramos esteve ainda a preocupação manifestada por António Miguel Pina com o futuro da Ria Formosa no período pós-Sociedade Polis.

A Sociedade Polis Litoral Ria Formosa é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, com a participação maioritária do Estado e minoritária dos municípios de Loulé, Faro, Olhão e Tavira.

Tem por objeto a gestão, coordenação e execução do investimento na Ria Formosa, com vista à realização das operações previstas no Plano Estratégico e à prossecução dos seus fins.

A Polis já tem data marcada para a sua extinção e está a ser gerida por uma comissão liquidatária. Esta entidade será esvaziada de poderes no final de 2018, altura em que irá passar todas as intervenções que estiverem em curso para outras entidades.

É este futuro que deixa apreensivo o autarca de Olhão: «da parte do governo não há nenhuma ideia daquilo com que se pode contar no que diz respeito à manutenção e reabilitação da Ria Formosa, e é nesse sentido que estamos a fazer estas ações de sensibilização do Governo, agradecendo aquilo que foi feito até agora, mas também sensibilizando para o futuro. Preocupa-nos aquilo que possa vir a acontecer à Ria Formosa daqui a 2 ou 3 anos», remata António Pina.

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